Visto da Bancada
Nuno Dias (nº52)
2017-07-22 15:30:00
Nuno Dias recorda ao Bancada a vitória do Benfica sobre a Juventus com um golo que o fez abraçar estranhos

Se o futebol é coração, sentimento e emoção, pouca coisa supera uma vitória perante uma das grandes equipas europeias numa meia final de uma das grandes competições europeias. A 24 de Abril de 2014, na Luz, a vitória do Benfica perante a Juventus por 2-1 deixou o clube português bem encaminhado para o regresso a uma final europeia somente doze meses após a anterior. Depois de, em 2013 na Arena de Amesterdão o Benfica ter perdido com o Chelsea, a eliminatória com a Juventus, na temporada seguinte, parecia surgir no horizonte do clube da Luz como o que mais se assemelhava a justiça poética, justiça desportiva. Mais uma vez o Benfica podia chegar a uma final europeia e, de  vez, vingar não só a derrota da temporada anterior na final perante o Chelsea mas quebrar a pretensa maldição desportiva que lhe fora lançada décadas antes.

Nuno Dias, co fundador da página humorística Um Azar do Kralj e ainda promotor/distribuidor musical na Popstock Portugal e radialista no programa da Antena 3 “Obrigado, Internet”, era um dos fervorosos adeptos do Benfica que, em êxtase, festejaram o golo de Lima nas bancadas da Luz e que colocou o Benfica com um pé na final de Turim. O Benfica fez 2-1 nesse jogo, resultado que levou para Itália onde acabou por segurar o nulo que permitiu o regresso do Benfica à final da Liga Europa. A maldição não foi desfeita, o Benfica perdeu a final, nas grandes penalidades, perante o Sevilha.

Recuemos à Luz e a Abril de 2014. “Do jogo contra a Juventus recordo-me que tinha vindo de uma noite de copos e estava ainda em pé na bancada (e a ressacar um bocadinho) quando o Garay inaugura o resultado com um cabeceamento exímio ao ângulo”, começa por nos contar Nuno Dias. Porém, o golo de Lima, mais tarde no jogo, provocou um êxtase tão grande em Nuno Dias que, como conta ao Bancada, o fez abraçar estranhos. É assim o poder do futebol, afinal. “Acho que saltei e agarrei-me à minha companheira de bancada, uma senhora desconhecida”. Nuno Dias garante-nos que aquele golo de Lima “justifica todo o descontrolo de emoções quando se marca um golo bonito e decisivo a uma das melhores equipas do mundo”. Nuno diz-nos ainda que “a jogada do Lima, Maxi e Ivan Cavaleiro levou-o aos píncaros do êxtase na bancada”, até porque momentos antes admite ter sido possível ter soltado alguns impropérios sobre determinado jogador na altura do empate da Juventus por intermédio de Carlos Tévez.

A escolha de Nuno Dias recaiu sobre o encontro perante a Juventus mas não esquece ainda o golo de Raúl Jiménez ao Bayern Munique em 2015/16. “Estive indeciso, bastante indeciso, entre o empate do Benfica contra o Bayern em 2015/2016 ou a meia-final da Liga Europa contra a Juventus, na Luz, a 24 de Abrill de 2014. De qualquer das formas, a preferência caiu sobre a vitória contra a Juventus apesar do golo de cabeça de Jiménez ter sido das maiores explosões que tive num estádio”. O jogo foi memorável pela positiva porque, como também relembra, podia estar a contar ao Bancada sobre o atraso de Pizzi a Lindelof perante o Vitória de Setúbal em 2015/16 que quase lhe provocou um ataque cardíaco. Esse, garante-nos, “poderia ter sido memorável mas pelas piores razões”.