Visto da Bancada
José Augusto (nº 20)
2017-06-20 20:00:00
Esteve prestes a ganhar um campeonato do Mundo e viveu como poucos a recente conquista europeia da Seleção Nacional

Conquistou duas Taças dos Campeões Europeus, oito Campeonatos Nacionais e três Taças de Portugal com a camisola do Benfica, ficou em terceiro lugar no Campeonato do Mundo de 1966 e integrou a equipa técnica que ajudou Portugal brilhar intensamente no Europeu de 1984 em França, terminando na terceira posição, Na memória ficou um jogo épico nas meias-finais da competição diante da equipa da casa, uma verdadeira constelação de estrelas onde pontificava Michel Platini. José Augusto viveu momentos inesquecíveis como jogador e treinador, quer no seu clube de sempre, quer ao serviço da Seleção Nacional. Ganhou muita coisa e esteve perto de um feito extraordinário ao serviço de Portugal. E foi precisamente um jogo da seleção maior que escolheu como o mais marcante enquanto adepto, precisamente a final que resultou na conquista do título de campeão europeu, feito ímpar na história do futebol português, mediante o tal golo de Éder já no prolongamento.

“Vivi muito no futebol e esta conquista do Campeonato da Europa sensibilizou-me muito, pois Portugal, o povo português, já merecia uma conquista destas”, lembra o antigo “magriço”, também ele símbolo de uma geração de elite. “Além de inúmeros jogos enquanto jogador, também participei como técnico em várias campeonatos europeus, incluindo o de 1984, em que chegámos à meia-final com a França e foi com tremenda satisfação que vi a nossa Seleção conquistar o título de campeão da Europa. Fiquei muito emocionado. É um daqueles momentos que jamais esquecerei, principalmente tendo em conta tudo o que fizemos no Campeonato do Mundo de 1966, em que estivemos muito perto de um feito histórico como este.”

Em 1966 Portugal teve um caminhada notável eliminando o sempre poderoso Brasil antes do memorável jogo diante da Coreia do Norte em que depois de ter estado a perder (0-3), a Seleção Nacional deu a volta e venceu por 5-3 com quatro golos de Eusébio. Acabaria por cair aos pés da Inglaterra, a equipa da casa, ao perder por 1-2.