Visto da Bancada
Fernando Ferreira (nº 53)
2017-07-23 15:30:00
Jogador do Académico de Viseu relembrou noite de glória europeia para o Sporting

A memorável caminhada do Sporting na edição 2004/05 da Taça UEFA culminou com a famosa derrota na final, em pleno Estádio José Alvalade, com o CSKA Moscovo por 1-3. No entanto, houve um jogo nessa prova que ficou na memória de Fernando Ferreira, antigo médio de Belenenses, Marítimo e CD Tondela que hoje representa o Académico de Viseu. Nessa altura, o médio era jogador das camadas jovens do clube leonino e recordou o triunfo do Sporting sobre o Newcastle United por 4-1 a 14 de abril de 2005.

"O Sporting vinha de uma derrota em Newcastle e nos minutos iniciais o Kieron Dyer faz o golo e o Sporting quase que estava fora das meias-finais. De facto, foi um jogo fenomenal. Recordo-me que o Beto fez um golo de cabeça, o Pedro Barbosa fez um jogo brilhante, Rochemback... Foi um jogo que me marcou muito porque estava na bancada e era jogador do Sporting. Estava completamente a vibrar e jamais esquecerei. Se ainda hoje fosse ao Estádio José Alvalade conseguia subir ao sítio onde me sentei porque ficou marcado e foi espetacular. Dos cinco golos do jogo, quatro foram marcados na baliza do lado onde eu estava", disse Fernando Ferreira ao Bancada.

Os golos do Sporting foram apontados por Marius Niculae (40'), Sá Pinto (71'), Beto (76') e Rochemback (91'). Para o médio de 30 anos, o plantel dos leões era a principal arma, com os jogadores mais experientes a tomarem a dianteira. "O Sporting tinha uma equipa fantástica, muito boa. Polga, que estava em grande forma, Rochemback, Rui Jorge, Sá Pinto, Douala... Bom, um grupo fantástico. O Moutinho era júnior, era meu colega, e foi titular. Foi um jogo fantástico a que pude assistir. E, depois, todo o dramatismo positivo que aconteceu à final e o dramatismo negativo na final".

A atmosfera viva em Alvalade foi outro dos fatores que levou Fernando Ferreira a eleger este como o melhor jogo Visto da Bancada. O viseense foi mais longe e comparou o recinto verde e branco a um "vulcão em erupção".

"O ambiente foi marcante. Naquela altura, o Sporting tinha uma onda muito positiva e os adeptos vibravam muito, com os resultados a ajudarem. Eu digo isto a muitos amigos: já assisti a vários jogos no Estádio da Luz e joguei vários jogos no Dragão, mas o estádio do Sporting tem uma acústica que o torna quase um vulcão em erupção. Eu não tenho clube, entre aspas, mas os adeptos do Sporting quando entram numa senda vitoriosa são imparáveis. Passei pelo Sporting, tenho muito carinho pelo Sporting mas neste momento não me sinto sportinguista. Sofro porque a minha família é quase toda sportinguista, mas como profissional não sinto que tenha algum clube sem ser aquele que represento no presente", concluiu.