No álbum de recordações futebolísticas do DJ Peter Galvani está um momento que certamente povoa a memória de qualquer benfiquista, vivo à data. Vamos mais longe e afirmamos que o momento que Peter viveu nas bancadas do antigo Estádio da Luz, e jamais esquecerá, atormenta as recordações de muitos adeptos franceses, mais especificamente, os adeptos do Olympique Marselha. Exato, Peter viu ao vivo o célebre golo de Vata, marcado com a mão, numa partida que o Benfica acabaria por vencer por 1-0 carimbando a passagem para a final da Taça dos Campeões Europeus 1989/90.

“Estava mesmo atrás da baliza onde foi o golo”, recorda o DJ que na altura era um jovem rapaz de 16 anos. “Fui à bola ver esse jogo com os meus colegas de equipa de futsal do FC Sassoeiros”, recordou ao Bancada. Com o estádio a rebentar pelas costuras, Peter recorda-se dos segundos de incerteza que se seguiram ao golo no minuto 84 e que valia uma presença numa final da Taça dos Campeões Europeus: “O estádio estava cheio e lembro-me que ao meu redor ficou muita gente a dizer que o golo tinha sido com a mão. Eu, sinceramente, não consegui ver.”

O golo de Vata surgiu já nos momentos finais de uma partida que corria de feição aos franceses uma vez que no duelo da primeira mão, em Marselha, o Olympique havia vencido por 2-1. Tudo pelo que os mais de 80 mil adeptos benfiquistas ansiavam naqueles momentos finais era um golo do Benfica que permitisse aos encarnados garantirem uma vaga na final da prestigiada competição. Como tal, o golo de Vata ao minuto 84 originou em explosão de emoção nas bancadas que Peter recorda com emoção: “Parecia que o estádio ia abaixo. Foi uma loucura”.

O Benfica venceu a partida frente ao Olympique Marselha por 1-0 e marcou viagem para Viena onde viria disputar a final da Taça dos Campeões Europeus com o Milan. A fortuna que havia estado do lado do Benfica frente ao Marselha não acompanhou a equipa portuguesa na deslocação a terras austríacas e os encarnados acabariam por perder a final por 1-0 graças a um de Frank Rijkaard.