Visto da Bancada
Carlos Padrão (nº 142)
2017-11-01 12:30:00
O momento em que o GD Chaves carimbou uma presença nas competições europeias

Quando pedimos a Carlos Padrão para partilhar com o Bancada um episódio vivido na condição de adepto, surgiu um jogo que constantemente assaltava a memória do antigo guarda-redes. Não foi visto da bancada, mas pela importância achámos que era merecedor de ser contado. Padrão jogava no GD Chaves, e a final do FC Porto em Viena frente ao Bayern mexia com a vida dos flavienses. Em caso de vitória portuguesa, o GD Chaves garantia automaticamente uma presença nas competições europeias apenas dois anos após a subida ao escalão maior do futebol português.

“Eu estava a ver o jogo pela televisão e a 15 minutos do fim, com a vitória do FC Porto o GD Chaves estava nas competições europeias. Recusei-me a ver o resto. Vim para a rua. Só de pensar que íamos conseguir a qualificação europeia logo na segunda época na Primeira Liga deixava-me nervoso. Vim para a rua e andava a tentar perceber pelas reações das pessoas qual era o resultado, já que naquela altura não havia telemóveis”, recordou o antigo guarda-redes que passou por clubes como o Sporting, Belenenses, Beira-Mar, Vitória de Setúbal, FC Paços de Ferreira e FC Porto.

O FC Porto acabou por se sagrar campeão europeu e o GD Chaves conseguiu a preciosa vaga na, então, Taça UEFA, o que chegou à região de Trás-os-Montes como um feito único e nunca mais esquecido pelos flavienses.

O GD Chaves treinado por Raúl Águas aventurou-se por caminhos europeus e eliminou o primeiro obstáculo: o Universitatea Craiova, da Roménia. Uma derrota por 3-2 na primeira mão não foi suficiente para abalar a força transmontana que, em Portugal, serviu ao GD Chaves para levar de vencido o adversário e marcar presença na eliminatória seguinte.

Em sorteio calhou o Honvéd, da Hungria. Desta feita, os portugueses não conseguiram superar o opositor e duas derrotas puseram termo à experiência flaviense nas competições europeias.