Visto da Bancada
Carlos Azenha (nº 32)
2017-07-02 20:00:00
Carlos Azenha recorda ao Bancada uma final europeia perdida pelo Benfica no antigo Estádio da Luz

Uma final a duas mãos decidida em casa, que o Benfica não conseguiu capitalizar para conquistar o troféu. É com lamento que Carlos Azenha recorda a segunda mão da final da Taça UEFA de 1982/83, quando o duelo decisivo da prova ainda se decidia em dois jogos. O Benfica defrontou o Anderlecht e viu os belgas vencerem o troféu.

Após uma primeira mão, em pleno solo belga, na qual os encarnados tinham perdido por um golo sem resposta, as “águias” chegaram ao segundo encontro, em Lisboa, com aspirações de reviravolta e conquista. “Foi no antigo Estádio da Luz, um autêntico inferno. O Benfica precisava de vencer o jogo e até começou bem…”, começa por contar Carlos Azenha ao Bancada.

“Um golo do Shéu, que fez o 1-0, colocou as expetativas muito elevadas”, continua o treinador de 50 anos. O Benfica fez, de facto, o golo inaugural da partida, aos 30 minutos, mas viu os belgas empatarem o encontro logo oito minutos depois, através de um tento de Juan Lozano. “Na altura, com o golo do Anderlecht e o tempo a aproximar-se do fim, o estádio estava num grande choque”, revela Carlos Azenha, ao explicar o semblante que transfigurou o antigo Estádio da Luz, lotado, para um ar mais sisudo.

“Havia uma expetativa enormíssima de todas as pessoas que lá estavam de que o Benfica ia ganhar o jogo e vencer a Taça UEFA. E, de facto, começou bem, mas acabou com cerca de 80 mil pessoas a irem-se abaixo em termos de expetativas”, lamenta Carlos Azenha. O Benfica falhou em vencer a competição europeia, no próprio reduto, facto que comprova, no testemunho de Carlos Azenha, de que nem todas as partidas, vistas da bancada, nos marcam pela positiva.