Não, não é a notícia dominante desta segunda-feira, mas é, de longe, a que mais chama a atenção. Com honras de manchete, o jornal "O Jogo" diz que Nicolás Castillo, jogador do Benfica, "teve de ir ao divã". Sim, leu bem. O jogador, que regressou de lesão, foi utilizado pela seleção do Chile e, com o fraco rendimento na derrota por 3-0, frente ao Peru, recebeu apoio psicológico, antes do treino seguinte. Castillo marcou apenas um golo pelo México (15 golos) e a lesão atrasou a afirmação no Benfica. Ainda assim, dizemos nós, já mostrou que, pelas características físicas que tem - é um panzer -, além da qualidade na finalização, pode fazer a diferença na Liga Portuguesa. O problema é a fartura, na Luz. Seja como for, uma conversa no divã nunca fez mal a ninguém, não é verdade?
Ainda em coisas bizarras: Capucho criticou muito a arbitragem e a "vergonha" do futebol português, dizendo até que "está tudo feito". Declarações desajustadas em qualquer situação e mais ainda quando... nem é evidente que tenha razão. A expulsão do jogador do Varzim é óbvia e justa - já tendo um amarelo, tentou marcar um golo com a mão, vendo o segundo - e, no golo do Estoril, não é certo que haja fora de jogo e não é certo que o marcador do golo tenha intenção de jogar a bola com a mão. Mesmo que tenha tido, seria dificílimo de ver, pelo aglomerado de jogadores. Bizarra a atitude de Capucho. O futebol português é, de facto, uma vergonha. Também por isto.
Mas vamos à bola. Ontem, Portugal venceu - já leu a análise do Gomes Ferreira? - e só um golo tardio impediu o garantir da final four da Liga das Nações. Ontem, Bruma e Hélder Costa estrearam-se a marcar - "O Jogo" titula "tempero africano". Ontem, Éder voltou aos golos pela seleção, depois do milagre de Paris - "Record" titula "regresso do herói". Ontem, Éder, mesmo num particular, acabou por mostrar por que motivo ainda vai tendo lugar nesta equipa: apesar das limitações técnicas, é dos poucos avançados nacionais com tamanho e sagacidade para conseguir fazer a diferença no jogo aéreo, dando soluções que outros não conseguem dar, em momentos específicos dos jogos (desespero, por exemplo).
Por cá, no Bancada, houve futebol gourmet. Depois de lhe falarmos do GS Loures, adversário do Sporting na Taça, e do Sertanense, adversário do Benfica, foi dia de saber mais sobre o SC Vila Real, que defrontará o FC Porto. Fomos, ainda, conhecer melhor um craque que está a destruir defesas no Campeonato de Portugal. Mas há mais: o Sérgio Cavaleiro foi sacar umas histórias sobre João Tralhão, que será adjunto de Thierry Henry, no Mónaco. E ainda falou do forrobodó no Mundial do Catar. Outra coisa boa: Vítor Baía faz anos e, por isso, elegemos os onze melhores guarda-redes portugueses de sempre. Aqui para mim, que sou novinho, Baía fica com o topo. E para si?
Atenção: vem aí a febre dos empresários. A cada semana que passa estamos mais perto do mercado de janeiro e isso significa agentes em ebulição. E significa problemas. Caro Catió Baldé, se calhar deveria pensar bem se faz sentido vir dizer isto, neste momento e desta forma sobre o momento atual de Bruma. O rapaz, a curto prazo, não vai ganhar nada. E mesmo a longo é difícil que venha a ganhar. Não seria melhor esperar e deixar que os dois bons jogos na seleção lhe dessem um "boost" na Alemanha? Se calhar, sim.
No jornal "A Bola" há ainda destaque aos quatro jogadores que o Benfica quer na equipa principal. Aqui entre nós, Jota - já conhece este rapaz? - já parece ser jogador a mais para a Segunda Liga. Não faz sentido. Mas também não fará sentido tê-lo como quarto ou quinto extremo do plantel de Rui Vitória. Mesmo sendo mais jogador do que, por exemplo, Franco Cervi.
Ainda por cá, o jornal "A Bola" dá destaque a Caio Luccas, jogador que assume existir o interesse do FC Porto. Já o conhece? Apesar de não haver bola de Liga Portuguesa, houve bola de Campeonato de Portugal. Já viu como se saiu o clube da sua terra?
Mais coisas bizarras? Vamos a isso. Gibraltar já ganha jogos, mas não são os únicos. Montserrat também já o faz... e em grande estilo.
