Revista de Imprensa
O dinheirinho pintado com tinta azul
2018-05-13 09:30:00
Há forrobodó em Alvalade, com um autêntico torneio de pingue-pongue. Ou de ténis, agora que João Sousa venceu no Estoril

As manchetes deste domingo dividem-se entre a corrida ao dinheirinho da Champions - Sporting e Benfica jogam nesta tarde - e a festa azul do campeão nacional. Que nos perdoe o jornal "Record", mas, aqui entre nós, uma manchete que não seja azul, neste domingo, parece-nos ter pouca lógica. O dinheiro deveria estar pintado de azul. E já dizia o outro: foi bonita a festa, pá! E foi mesmo. "Final perfeito", escreve "A Bola", e "Porto imenso", escreve "O Jogo". O FC Porto fechou o campeonato com uma vitória - o Gomes Ferreira esteve de olho nesse jogo em Guimarães -, celou o recorde de pontos na Liga, fez de Vaná e Fabiano campeões - a propósito, sabe quem foram os onze menos utilizados nos dragões? - e, depois, houve festa rija. Até houve espaço para um Maxi Pereira, do alto da sua "malandrice", dizer que nunca tinha visto nada assim, mesmo depois de ter sido campeão na Luz. Ai Maxi, Maxi, que vais irritar tanta gente...

No Bancada, o excesso de futebol roubou espaço às boas historinhas, inevitavelmente, mas o Sérgio Cavaleiro conseguiu tratar de lhe apresentar Pedro Tiba, um dos patrões do GD Chaves. Falou com quem bem conhece o "homem dos autógrafos". Numa nota meramente opinativa, fica o destaque: dos vários jogos que já fiz do GD Chaves, não fiquei com dúvidas de que Tiba é jogador para mais. Aliás, chegou a mostrá-lo em Braga, apesar de, estranhamente, ter acabado por sair. Veja ainda o que o João Almeida Moreira escreveu sobre eleições em ano de Copa, no Brasil.

Vamos, então, à luta dos milhões escolhida pelo "Record" para manchete. "Hora da Champions, titula, falando de uma tarde de futebol que vale milhões. Já agora, dê um olhinho nas onze pistas para o Marítimo-Sporting, elaboradas pelo Luís Santos Castelo, e nas onze pistas para o Benfica-Moreirense, assinadas pelo Sérgio Cavaleiro. 

Para o Benfica-Moreirense, vai haver Rúben Dias, que foi despenalizado. Na antevisão da partida, Rui Vitória disse que muita gente não queria o Benfica pentacampeão. De facto, portistas e sportinguistas não quereriam certamente o pentacampeonato vermelho. Mas deixemos as interpretações literais. Foquemo-nos, agora, no forrobodó que vai em Alvalade, com um autêntico torneio de pingue-pongue. Ou de ténis, agora que João Sousa venceu o Estoril Open. Bruno de Carvalho acusou Jesus, Jesus respondeu a Bruno de Carvalho e Bruno de Carvalho ripostou. Há quem diga que Bruno de Carvalho está à procura de despedir Jesus e há quem diga que patrão e funcionário podem trabalhar sem serem amigos. Não sabemos como é, mas sabemos que o bate-boca parece estar para durar.

Não se esqueça, o Bancada está na rota para o Mundial 2018. Ontem, foi a vez de o Luís Catarino escolher os seus 23. Faça o mesmo e faça a sua lista na Sondagem Bancada.

Ainda por cá, houve drama na Segunda Liga. Drama a sério. O Benfica B foi uma das equipas que se safou - e teve ajuda de um regressado Ola John, qual D. Sebastião -, enquanto o União da Madeira desceu de divisão com um golo sofrido aos 94 minutos, já depois de ter recuperado de um 2-0. Para além do já falado Vitória de Guimarães-FC Porto, a tarde de sábado trouxe um Boavista-Belenenses, analisado pelo Luís Santos Castelo. No campeonato nacional de juniores, o Benfica bateu o Sporting. João Félix jogou e está convocado para ir a jogo no Benfica-Moreirense. Estranho...

Lá por fora, o Hamburgo desceu de divisão pela primeira vez, enquanto o Aston Villa ganhou vantagem na luta pela subida à Liga Inglesa. No Bancada, há um adepto do Villa que ficou todo contente. Houve futebol em França, em Espanha e em Itália. Carlos Carvalhal falou de Renato Sanches, apontando-o ao Benfica. Faz sentido equacionar o regresso do internacional português? E mais do que isso: seria bom para todos? Idealmente, dizemos nós, parece uma opção bastante lógica. Voltar onde foi feliz, para recuperar a carreira. O problema é que, agora, há três rapazes (Pizzi, Zivkovic e Krovinovic) para dois lugares. Com Renato, seriam quatro tubarões para os mesmos dois lugares. Talvez o mercado ajude a reduzir o excesso e, assim, se abra espaço ao português.