“Eu já cumpri o meu dever cívico e exerci o meu direito de voto”, escreveu Rui Pinto, no Twitter, numa publicação feita neste domingo, onde divulga também uma imagem do boletim de voto com a sua opção, relativamente às eleições Presidenciais. 

Rui Pinto foi um dos milhares de portugueses que, optando pelo voto antecipado, exerceram esse dever cívico, ontem, num dia marcado por uma forte afluência às urnas – o número de eleitores que pediram para votar por antecipação foi muito mais elevado do que em anteriores atos eleitorais, em virtude da pandemia. 

Acontece que, de acordo com a lei, Rui Pinto não poderia divulgar a sua opção. O fundador do Football Leaks infringiu o artigo 342.º do Código Penal, que impede a “Violação do segredo do escrutínio”. 

“Quem, em eleição referida no n.º 1 do artigo 338.º, realizada por escrutínio secreto, violando disposição legal destinada a assegurar o segredo de escrutínio, tomar conhecimento ou der a outra pessoa conhecimento do sentido de voto de um eleitor é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias”, pode ler-se. 

As eleições Presidenciais decorrem no próximo domingo, mas milhares de eleitores – entre os quais Rui Pinto -- já votaram ontem. A afluência às urnas foi superior ao que tem sido regra, o que provocou enormes filas nas secções de voto. 

Em virtude da pandemia, registaram-se mais eleitores do que o que é normal, nesta votação antecipada. “Passámos de 50 mil votantes em 2019, que já de si era um recorde absoluto de votação antecipada, para – não temos números finais – quase 250 mil inscritos. Há cidadãos que, se não fosse este sistema de voto, nunca votariam nestas eleições, porque cerca de metade dos que se inscreveram para voto antecipado estão a fazê-lo fora do seu local de recenseamento”, referiu o ministro da Administração Interna, em declarações à imprensa.