Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, pediu esta segunda-feira dispensa das próximas sessões, no primeiro dia do julgamento do ataque à Academia de Alcochete.
De acordo com o jornal 'A Bola', o advogado Miguel Fonseca justificou o pedido perante a juíza dizendo que o seu cliente não tem carro nem meios que lhe permitam deslocar-se ao tribunal de Monsanto as três vezes por semana que foi decretado.
"Não tem meio de transporte próprio, tem ocupação profissional, duas horas de manhã e duas horas à tarde, e está totalmente depauperado”, justificou o advogado.
À saída do tribunal, Bruno de Carvalho referiu que tem que "continuar" a sua vida. "Tenho de trabalhar, continuar a minha vida. Felizmente o tribunal acedeu, mas quando me chamarem cá estarei", afirmou.
De resto, o ex-presidente do Sporting justificou também o pedido feito para a reconstituição do ataque.
"Aquilo que gostava de provar no local é que, a partir daquelas portas de vidro, teria sido fácil colocar todos os jogadores em segurança na Academia. Se calhar, a pessoa responsável por isso deveria explicar porquê", referiu.
Bruno de Carvalho, que disse ser atualmente comentador, Mustafá e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.