Carlos Barbosa da Cruz, antigo dirigente do Sporting, acredita que o ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira e o presidente do FC Porto Pinto da Costa tinham um plano para "reduzir o Sporting quase à insignificância". O ex-diretor dos leões sustenta esta sua ideia com aquilo que, aos poucos, se vai sabendo da "amizade" entre o ex-líder encarnado e o presidente do clube nortenho.
Face a isso, o antigo dirigente do Sporting espera que o clube agora liderado por Frederico Varandas consiga estabelecer-se de forma isolada dos rivais da Luz e do Dragão. "Quem tem de fazer pela vida e inverter este rumo é o Sporting, no campo e fora dele, nunca abdicando da sua razão, nunca pactuando, nunca se vergando às tangas do dirigente mais titulado do mundo ou dos seis milhões de portugueses", afirmou Carlos Barbosa da Cruz, certo de que, em certas alturas, o emblema de Alvalade até se colocou "a jeito".
"Não nego", reconheceu o antigo dirigente verde e branco, salientando, porém, que coisas aconteceram por conta de algo a que chama de "mancomunada".
Tais situações tinham relação, aponta Carlos Barbosa da Cruz, com "arbitragem, disciplina" e de "partilha de lugares de relevo", passando por "clubes amigos" e de "apoios externos".
Perante tudo isto, Carlos Barbosa da Cruz lança no ar uma ideia. "A questão é esta. Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa podem ser afinal os melhores compinchas e terem conspirado nas férias em casa do amigo Adriano [Quintanilha]".
Em artigo de opinião que assina no Record, Carlos Barbosa da Cruz realça ainda que ainda estará para perceber as "negociatas" a respeito quer do centro de treinos do Benfica quer do FC Porto.
O antigo dirigente verde e branco lembra que o Benfica Campus, no Seixal, foi edificado onde antes era uma "área protegida" e existe também o "escândalo" que é a utilização "quase gratuita" do centro de treinos do Olival, em Vila Nova de Gaia, por parte do FC Porto.
"Construído com dinheiros da Fundação Porto-Gaía, ou seja, nossos", detalha Carlos Barbosa da Cruz, referindo que, ao contrário dos rivais, o Sporting tem em Alcochete o seu centro de operações mas pago com dinheiro leonino. "O Sporting pagou Alcochete com língua de palmo".
"Estão a perceber do que estou a falar?", questiona o antigo dirigente do clube verde e branco Carlos Barbosa da Cruz, descontente com as ligações dos rivais às autarquias onde se edificaram os seus centros de treino.