Prolongamento
Juíza reconhece que não há provas contra Bruno de Carvalho
2020-05-28 11:15:00
Ataque à Academia do Sporting aconteceu a 15 de maio de 2018

A juíza Sílvia Pires admite que foram dados como provados os factos apontados na acusação do ataque a Alcochete, com exceção do que era apontado quer a Bruno de Carvalho, quer a Bruno Jacinto e Mustafá.

Na leitura do acórdão no julgamento da invasão à Academia Sporting, citada pelo jornal O Jogo, a magistrada revela que não existem provas contra o ex-presidente verde e branco, que foi absolvido de todos os crimes.

"Quanto a Bruno de Carvalho não se provou que os textos nas redes sociais tivessem como objetivo incitar a Juve Leo. Nem a frase 'façam o que quiserem'", diz na sentença lida por Sílvia Pires.

Por outro lado, a juíza sustenta que foi dado como provado que entraram no centro de treinos do Sporting 37 dos arguidos.

"Conversas nos grupos de whatsapp comprovam que todos sabiam ao que iam. De forma concertada", realça a juíza.

A magistrada fez referência, durante a leitura, às críticas públicas feitas por Bruno de Carvalho aos jogadores, nomeadamente após um jogo contra o Atlético Madrid, na capital espanhola, passando por referências a reuniões com a Juve Leo também e o clima de tensão vivido nos dias que antecederam o ataque, sobretudo na Madeira, após o Sporting falhar o apuramento para as provas de acesso à Champions.

Sílvia Pires também recorda as tochas que foram atiradas a Rui Patrício, num dérbi contra o Benfica, nas semanas antes do ataque a Alcochete.

Nesta sessão, os funcionários judiciais tiveram necessidade de executar alguns ajustes devido às restrições da DGS no contexto da pandemia.

O processo do ataque à academia do Sporting, em Alcochete, no qual jogadores e equipa técnica foram agredidos por adeptos ligados à claque leonina Juve Leo, tinha 44 arguidos.