Prolongamento
“Se me sair o Euromilhões, serei o primeiro a ajudar o Vitória de Setúbal”
2020-12-07 16:30:00
Jaime Pacheco lamenta situação dos sadinos e não esquece a “segunda terra”

A atual situação do Vitória de Setúbal, despromovido esta temporada ao Campeonato de Portugal, não é indiferente a Jaime Pacheco, ex-jogador dos sadinos entre 1989 e 1981. 

Atualmente no Egito, onde orienta o Zamalek, o treinador português lamenta ver o clube remetido aos escalões inferiores, depois de ter sido impedido de se inscrever nas competições profissionais. 

“Lamento muito, porque joguei no Vitória e os meus filhos nasceram em Setúbal. Sou do norte e a minha segunda terra é Setúbal. Gosto daquela gente e daquele clube”, assumiu Jaime Pacheco, ao jornal O Jogo. 

O Vitória de Setúbal, recorde-se, foi esta temporada impedido de discutir as competições profissionais do futebol português, depois de ter reprovado nos processos de licenciamento. 

Em causa estavam pressupostos financeiros incumpridos, como a falta de apresentação de prova de “inexistência de dívidas a sociedades desportivas”, a “inexistência de dívidas a jogadores, treinadores e funcionários” e ainda a “regularidade de situação contributiva perante a Autoridade Tributária”. 

Já no decorrer desta época, um dos encontros do Vitória de Setúbal ficou marcado por um protesto dos jogadores, imóveis durante o primeiro minuto, para reforçar o “incumprimento salarial”

Jaime Pacheco não esconde o desgosto pela atual situação do emblema sadino e, em declarações ao O Jogo, garantiu que, caso vença o Euromilhões, será “o primeiro” a ajudar o clube. 

“Lembro-me de ouvir o relato dos tempos do senhor Pedroto como treinador e que tinha jogadores como José Maria, Cardoso, Herculano, Torres, Vicente, Jaime Graça, Jacinto João, Duda e muitos outros que representaram o clube na Europa. Vou pôr a minha mulher a jogar no Euromilhões, porque se me sair o prémio serei o primeiro a ajudar o Vitória de Setúbal”, afirmou. 

Atualmente no comando técnico do Zamalek, Jaime Pacheco passou por clubes como o Sporting, FC Porto ou Vitória de Setúbal, entre outros, enquanto jogador, tendo ficado notabilizado como técnico pelo título de campeão ao serviço do Boavista, na época 2000/2001.