O criador do Football Leaks, Rui Pinto, afirmou que há empresários de jogadores a violar reiteradamente uma lei de 1998.

De acordo com o artigo 22.º da Lei n.º 28/98, um empresário desportivo “só pode agir em nome e por conta de uma das partes da relação contratual”.

No entender do hacker, não é isso que acontece na realidade, com agentes a representarem duas e até três das partes envolvidas num acordo, apesar de "estarmos em 2020", 22 anos após a aprovação dessa lei.

“São inúmeros os casos de dupla e até tripla representação na intermediação de jogadores, sem qualquer consequência legal”, garantiu Rui Pinto, com um comentário no Twitter.

O tweet foi feito dias depois de uma troca de argumentos com César Boaventura, empresário de futebol que foi alvo de buscas por parte das autoridades na semana passada.

Depois de Rui Pinto ter, com ironia, registado que se iria ver César Boaventura e outros “com camisolas do Sporting vestidas”, para “desviar as atenções” das buscas realizadas na semana passada (envolvendo clubes como Benfica, Sporting, Santa Clara e Académica), o empresário retaliou dizendo que “um bandido será sempre um bandido”.

Estamos em 2020, e a Lei n.º 28/98 continua a ser violada. São inúmeros os casos de dupla e até tripla representação na intermediação de jogadores, sem qualquer consequência legal. pic.twitter.com/pqIr8Y1STb

— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) November 15, 2020