Francisco J. Marques, diretor de informação e comunicação do FC Porto, não tem dúvidas de que a SAD do Benfica é "a maior associação criminosa da história portuguesa e não há outra maneira de o dizer".

"Podem brincar, podem ficar muito ofendidos, podem dizer 'ai meu Deus'. Mas isto é o que se pode concluir", realçou Francisco J. Marques, dizendo que "desta vez é a questão dos jogadores líbios".

"Nós não conhecíamos os jogadores líbios mas conhecíamos este modus operandi que, aliás, não é muito diferente, se formos ver, do que parece ter motivado as buscas na Académica. São formas de financiamento de clubes terceiros".

No programa Universo Porto da Bancada, no Porto Canal, Francisco J. Marques analisou as recentes buscas das autoridades à SAD encarnada, as quais já tinha comentado nas redes sociais, e não poupa nas críticas que faz, lembrando que são já "nove buscas para nove situações diferentes".

"É isso que se pode concluir", salientou Francisco J. Marques, sustentando ainda que "é preciso de uma vez por todas que as autoridades no futebol não continuem a assobiar para o lado".

E, por isso, o diretor portista desafiou as instâncias judiciais e desportivas a tomarem medidas, adiantando que "só ha uma maneira que é cortar o mal pela raiz".

Francisco J. Marques insiste que a SAD do Benfica, alegadamente, teria estas práticas "provavelmente para ter algum tipo de vantagem desportiva".

O diretor de informação e comunicação do FC Porto disse ainda que em relação ao Benfica e ao seu presidente "os casos sucedem-se" e insiste que é preciso fazer alguma coisa, ilibando, na sua opinião, o emblema da Luz enquanto clube.

"Não é o clube Benfica, em si mesmo, que é problemático. Problemático são estas pessoas que estão à frente do Benfica. Umas ainda lá estão, outras não mas andam na sombra como os Pedros Guerras e Paulos Gonçalves".

Francisco J. Marques avisou ainda que o futebol português "não será digno enquanto continuarem a existir estas práticas". "Há buscas, depois o tempo da justiça é normalmente lento e portanto o grosso destas coisas começou aqui neste mesmo programa em 2017. Estamos quase no Natal de 2020 e não há resultado dessas coisas".

No Porto Canal, Francisco J. Marques referiu ainda que não espera outro caminho que não seja o de alguém ser julgado em tribunal, uma vez que há "jogadores a disseram, sob juramento, em tribunal, que houve tentativas de suborno para perderem com o Benfica".

"Isso não pode não ter consequências. Não se pode fingir que os jogadores não disseram aquilo. Não são tolinhos. Até porque sabemos que encarar e enfrentar o polvo do Benfica não é fácil e tem sempre um custo".

O diretor de informação e comunicação dos azuis e brancos salientou também que à medida que os processos vão surgindo "vai tudo dar na adulteração da verdade desportiva".

"É disso que realmente se trata. E isto só há uma maneira que é cortar o mal pela raiz", reiterou Francisco J. Marques.