Prolongamento
“Rui Pinto mantém-se comprometido a desvendar as más práticas no futebol”
2021-07-26 22:00:00
Advogado revela que criador do Football Leaks quer colaborar na investigação ao Manchester City

O informático português Rui Pinto, criador do portal Football Leaks, manifestou vontade de colaborar com as autoridades inglesas no processo aberto pela Premier League ao Manchester City, devido a irregularidades nos patrocínios.

De acordo com documentos que foram revelados por Rui Pinto, o presidente do City, Mansour bin Zayed Al Nahyan, terá simulado financiar o clube através da transportadora aérea Etihad Airways.

Ao invés dos 67,5 milhões de euros que deveria pagar a cada ano ao Manchester City, a Etihad só terá avançado com oito milhões por ano, segundo os documentos divulgados pelo Football Leaks e agora publicados pelo Daily Mail.

Segundos os emails adiantadas pelo jornal britâncio, um acordo entre os presidentes executivos do City e da Etihad referia que o patrocinador só teria de pagar quatro milhões de euros ao clube em 2011, em vez dos 12 milhões oficialmente protocolados.

A Premier League abriu uma investigação ao financiamento do Manchester City, que já tinha sido sancionado pela UEFA com uma multa de 30 milhões de euros e dois anos de exclusão das provas europeias. Perante o recurso do clube para o Tribunal Arbitral do Desporto, o castigo foi reduzido para multa de 10 milhões de euros.

Depois da Premier League anunciar a abertura de uma investigação, Rui Pinto fez saber, através do seu advogado, que está disponível para “colaborar”, de forma a “desvendar as más práticas no futebol”.

“Rui Pinto mantém-se comprometido a colaborar com as autoridades nacionais e internacionais para desvendar as más práticas no futebol e contribuir para a sua transparência”, afirmou o advogado do informático, Francisco Teixeira da Mota, em declarações ao Daily Mail.

Ainda de acordo com o jornal, a Etihad "não pagava os valores" que apareciam nas faturas, com o City a receber as verbas  através de outra empresa de Al Nahya, sediada nos Emirados Árabes Unidos.

Caso se comprove que o Manchester City adulterou propositadamente os valores dos patrocínios, o clube inglês poderá ser condenado por violação do fair-play financeiro da UEFA, entre outros processos de que pode ser alvo.