Rui Pinto, acusado de crimes informáticos pela Doyen, acusou a Polícia Judiciária (PJ) de ter blindado a cópia forense que fez, em outubro de 2015, aos dispositivos do então administrador Nélio Lucas.
Numa publicação feita nas redes sociais, o arguido lembrou que quer a Doyen, quer Nélio Lucas estão a ser investigados, pela justiça espanhola, por suspeita de branqueamento de capitais e fraude fiscal.
"Em outubro de 2015, a Polícia Judiciária fez uma cópia forense aos dispositivos eletrónicos de Nélio Lucas, mas blindou-os para impossibilitar a sua utilização contra ele", escreveu.
Segundo Rui Pinto, era "previsível" que nesses dispositivos estivessem documentos "que poderiam ser muito importantes para robustecer a acusação" contra a Doyen e o então administrador da empresa.
"Numa altura em que se tornou por demais evidente o protecionismo das autoridades portuguesas para com a Doyen, falta saber se estas autoridades chegaram ao ponto de omitir estes dados à congénere espanhola...", concluiu Rui Pinto.
Pela mesma altura dessa cópia forense, a Doyen e Nélio Lucas apresentavam, em Portugal , uma queixa no Ministério Público contra Rui Pinto, por tentativa de extorsão e acesso ilegítimo a dados.
Segundo Nélio Lucas, o hacker terá exigido entre 500 mil e um milhão de euros para eliminar documentação comprometedora.
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) November 25, 2019