Prolongamento
"Proponho uma estátua a Amorim e nome numa avenida, caso vençamos o City"
2021-12-16 09:55:00
"Se sócios tivessem que escolher entre Amorim e Varandas, o nosso presidente estava apeado", diz Henrique Monteiro

Chegou, viu e rapidamente começou a vencer. Resumidamente assim se pode falar da carreira de Rúben Amorim em Alvalade desde que assumiu o comando técnico dos leões naquele que era um tempo de desconfianças e descrenças num treinador sem um currículo prolongado e até sem curso de treinador para orientar uma equipa no mais alto patamar do futebol nacional. Quem não se recorda da 'muita tinta' que correu por causa das habilitações de Rúben Amorim? 

Mas o tempo foi passando e o treinador, contratado ao SC Braga por um valor histórico, começou a conquistar vitórias e, com elas, a confiança dos adeptos do Sporting que, a pouco e pouco, se renderam ao treinador que hoje é uma figura incontestada em Alvalade, dono de uma "popularidade inalcançável", como defende Henrique Monteiro, antigo dirigente dos leões.

Rúben Amorim é alguém que "passo a passo se tornou a figura de referência do clube, sem com isso apagar a direção". E a dimensão que o treinador angariou em Alvalade é tal que, num mero exercício de comparação, Henrique Monteiro diz que não tem dúvidas de que Frederico Varandas ficaria fora do clube, se os sócios tivessem de escolher entre ele e o treinador Rúben Amorim.

"Na realidade, se os sócios tivessem, por absurdo, que escolher entre Rúben [Amorim] e Varandas, o nosso presidente estava apeado", vaticina Henrique Monteiro.

Em artigo de opinião que assina no jornal A Bola, o antigo dirigente sustenta que os méritos da 'arriscada', então assim vista, contratação de Rúben Amorim devem ser dados a Frederico Varandas.

"Não por ter feito algo terrível, pelo contrário, foi ele quem se atravessou por contratar Rúben [Amorim] a um preço que todos acharam demasiado e hoje todos acham barato; mas porque Rúben [Amorim] tem uma popularidade inalcançável", considera Henrique Monteiro.

Campeão nacional, vencedor da última edição da Taça da Liga e da Supertaça Cândido de Oliveira, a Rúben Amorim já só falta conquistar a Taça de Portugal para concluir a 'maratona' de troféus internos.

Mas é na Liga dos Campeões, onde conseguiu garantir o apuramento para os oitavos de final da prova europeia, que reside um dos próximos grandes desafios que a massa associativa coloca ao treinador.

Se ultrapassar o Manchester City, de Pep Guardiola, há quem defenda que Rúben Amorim merece que o seu nome fique perpetuado na história do clube. "Proponho, desde já, que caso vençamos o City e passemos a eliminatória, se construa uma estátua ao treinador e aquele troço da Segunda Circular, de onde se vê o estádio, se passe a chamar Avenida Dr. Rúben Amorim".

Para Henrique Monteiro, antigo dirigente dos leões, que fez parte das estruturas dirigentes na altura em que Bruno de Carvalho acabou expulso pelos sócios, tratava-se de "uma homenagem simpática" para com Rúben Amorim.