Prolongamento
PJ nega contratação de Rui Pinto e explica enquadramento atual do suspeito
2020-08-10 21:20:00
Órgão de polícia diz que Rui Pinto está integrado num programa de proteção de testemunhas enquanto aguarda julgamento

A Polícia Judiciária (PJ) esclareceu, nesta segunda-feira, que Rui Pinto não foi contratado para trabalhar com aquele órgão de polícial criminal.

Daí que, realça a PJ, Rui Pinto fique integrado na Lei de Proteção de testemunhas e assim "todas as despesas com a sua proteção, estão ao abrigo do programa de proteção de testemunhas".

Em comunicado enviado às redações, a PJ explica ainda que se reserva "no direito e no dever de utilizar todos os meios legais ao seu dispor, para a descoberta da verdade material dos crimes que investiga".

Além disso, a PJ diz que tais casos ocorrem sempre e quando "devidamente enquadrados pela legislação processual penal em vigor e pelas Autoridades Judiciárias competentes".

Rui Pinto começa a ser julgado a 4 de setembro por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen.

Rui Pinto, criador da plataforma Football Leaks e responsável pelo processo Luanda Leaks, em que a Isabel dos Santos é a principal visada, saiu na sexta-feira em liberdade, por decisão da juíza Margarida Alves, encontrando-se agora inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial, por questões de segurança.

O Ministério Público (MP) opôs-se à libertação, que foi justificada pela juíza Margarida Alves com a “contínua e consistente colaboração” com a Polícia Judiciária e o “sentido crítico” do criador da plataforma Football Leaks.