A Polícia Judiciária (PJ) esclareceu, nesta segunda-feira, que Rui Pinto não foi contratado para trabalhar com aquele órgão de polícial criminal.
Daí que, realça a PJ, Rui Pinto fique integrado na Lei de Proteção de testemunhas e assim "todas as despesas com a sua proteção, estão ao abrigo do programa de proteção de testemunhas".
Em comunicado enviado às redações, a PJ explica ainda que se reserva "no direito e no dever de utilizar todos os meios legais ao seu dispor, para a descoberta da verdade material dos crimes que investiga".
Além disso, a PJ diz que tais casos ocorrem sempre e quando "devidamente enquadrados pela legislação processual penal em vigor e pelas Autoridades Judiciárias competentes".
Rui Pinto começa a ser julgado a 4 de setembro por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen.
Rui Pinto, criador da plataforma Football Leaks e responsável pelo processo Luanda Leaks, em que a Isabel dos Santos é a principal visada, saiu na sexta-feira em liberdade, por decisão da juíza Margarida Alves, encontrando-se agora inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial, por questões de segurança.
O Ministério Público (MP) opôs-se à libertação, que foi justificada pela juíza Margarida Alves com a “contínua e consistente colaboração” com a Polícia Judiciária e o “sentido crítico” do criador da plataforma Football Leaks.