Jorge Nuno Pinto da Costa foi suspenso pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. O presidente do FC Porto terá de cumprir 21 dias de suspensão e pagar uma multa no valor de 612 euros por causa de uma queixa da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), na sequência de declarações prestadas pelo líder azul e branco, em Braga, após a primeira mão da meia-final da Taça de Portugal entre os dragões e o SC Braga.

Para o Conselho de Disciplina, Pinto da Costa usou um "tom notoriamente intimidatório e ameaçador, propalando que a 'paz no futebol' está dependente de não 'brincarem' e 'provocarem' a equipa e a sociedade anónima desportiva a que o arguido se encontra associado". "Basta. Nós vamos dizer aqui solenemente: basta. Queremos paz no futebol, mas não provoquem mais, não brinquem mais com o esforço dos jogadores, do treinador e dos adeptos do FC Porto", disse o líder do clube portista, Pinto da Costa, na altura.

Nesse momento, Pinto da Costa explicou ainda que durante essa partida recebeu pedidos de portistas para que "a equipa abandonasse o terreno do jogo perante o que se estava a passar". "Quero pedir a todos os associados do FC Porto que mantenham a serenidade porque ninguém nos verga", proferiu, então.

No acórdão divulgado, nesta segunda-feira, "tais expressões vão muito além da mera crítica à arbitragem ou à conduta ou decisões de qualquer órgão social da FPF".

No entendimento do organismo liderado por Cláudia Santos, este tipo de expressões "encerram não só um juízo difamatório e depreciativo, além de intimidatório, que viola a dignidade e a honra profissionais dos visados, mas também a seriedade, a ética, a credibilidade e a lisura da competição desportiva".

Assim, sendo, entende a FPF que as declarações prestadas pelo líder do emblema da Invicta "não se afiguram cobertas pelo exercício de qualquer direito, incluindo o exercício da liberdade de expressão".

Após o jogo, o árbitro Luís Godinho, que expulsou Luis Díaz e, posteriormente Uribe, recebeu ameaças de morte, sendo que as autoridades foram, na altura, informadas.

Esse duelo acabaria empatado a uma bola, sendo que, na segunda mão dessas meias-finais, no Estádio do Dragão, o SC Braga acabaria por vencer os azuis e brancos por 3-2.

Nessa altura, os comandados por Carlos Carvalhal asseguraram o 'passaporte' para a final da Prova Rainha, que acabariam por vencer, batendo o Benfica, de Jorge Jesus, na final realizada em Coimbra.