Prolongamento
"Pinto da Costa diz que só vende pela cláusula. Sabem qual era a de Luis Díaz?"
2022-06-17 10:40:00
"Eu gostava que ele me respondesse se vendeu o Luis Díaz pelo valor da cláusula", desafia ex-vice encarnado

Os triunfos portistas no campeonato e na Taça de Portugal fizeram despertar a cobiça de alguns emblemas pelos ativos azuis e brancos, mas Pinto da Costa aponta para as cláusulas de rescisão se algum emblema quiser levar algumas das jóias da coroa portista, nomeadamente em relação a Vitinha. O centrocampista destacou-se no elenco de Sérgio Conceição e Pinto da Costa revelou há poucos dias que já entraram propostas no seu gabinete para contratar o internacional português.

No entanto, Pinto da Costa salienta que o jogador tem cláusula de rescisão e quem o quiser levar terá de 'bater' o valor inscrito na cláusula de rescisão. "Houve uma oferta concreta, de um valor considerável, pelo Vitinha que nós não aceitámos e remetemos para a cláusula de rescisão [n.d.r. 40 milhões de euros], que é a única maneira de nos levar o jogador", garantiu o presidente do FC Porto.

José Manuel Capristano, antigo vice-presidente do Benfica, lembra que "o senhor Pinto da Costa diz que só vende pelo valor da cláusula de rescisão" mas recorda-se que, por exemplo, Luis Díaz, que era o jogador mais destacado do onze de Sérgio Conceição foi para Liverpool por outras verbas.

"Eu gostava que ele me respondesse se vendeu o Luis Díaz pelo valor da cláusula. Sabem qual era a cláusula de Luis Díaz? Vendeu por 45 milhões. Estas ironias enfim", reagiu o antigo vice-presidente do Benfica, que falava em declarações no canal A Bola TV.

Luis Díaz tinha uma cláusula de rescisão fixada em 80 milhões de euros com o FC Porto. Porém, o Liverpool conseguiu comprar o jogador por 45 milhões de euros, ficando ainda algumas verbas destinadas a variáveis num negócio que pode atingir os 60 milhões de euros.

Por outro lado, o antigo dirigente do Benfica diz que os responsáveis pelos clubes devem prestar atenção às finanças dos emblemas que dirigem.

"As pessoas não podem estar só preocupadas com a parte desportiva mas também com a parte financeira", aconselhou José Manuel Capristano, sustentando que, no caso do FC Porto, Pinto da Costa "tem que se preocupar que deve mais de 500 milhões de euros".

"Eles devem mais de 500 milhões de euros, passivo. Quer dizer, pelo amor de Deus. O FC Porto não se importa que os jogadores possam sair a custo zero, quer é que, até ao último dia de contrato, cumpram o contrato. Está bem. É uma política mas depois não recebem", concluiu José Manuel Capristano.

Em cada janela de mercado de transferências, os clubes portugueses costumam perder aquelas que são as suas referências dada a força externa que alguns clubes internacionais têm a nível financeiro.