Com o avançar do ano letivo, um pouco por todo o país, de norte a sul, litoral ou interior, começaram também as épocas desportivas universitárias nas quais o futebol de onze é uma das modalidades em competição. Em Lisboa não houve exceção. Organizada pela Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa, a competição de futebol de onze iniciou-se na passada terça feira com um empate a dois golos entre as equipas do ISEL e da FCM. Doze equipas irão tentar suceder ao Instituto Superior Técnico como vencedor da competição que nos serve de base para tentar compreender melhor este fenómeno desportivo. Compreender melhor o nível futebolístico em contexto universitário. Estarão os clubes profissionais atentos também a estas competições? Haverá segredos por descobrir? Falámos com quem está dentro do assunto para o perceber.
Doze equipas, todas contra todas a uma volta e play-off com os quatro primeiros classificados a jogar em regime de meias finais e final. O objetivo será o de destronar o IST como principal força do futebol universitário lisboeta. Afinal, nas últimas cinco temporadas, apenas por uma vez a equipa do Instituto Superior Técnico não se sagrou vencedor do Campeonato Universitário de Lisboa em futebol de onze. A honra coube à equipa da Associação de Estudantes da Faculdade de Economia, tendo já vencido a competição, também, as equipas da FCT, da Universidade Lusófona, da Academia Militar e da Faculdade de Motricidade Humana, esta, por cinco vezes.
O campeonato universitário de futebol de onze regressa assim depois de ter terminado da pior forma na temporada passada levando mesmo a FADU, Federação Académica do Desporto Universitário a ameaçar terminar/suspender a competição este ano devido aos problemas ocorridos em Aveiro durante a final nacional da prova, depois de após o apito final do encontro entre Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia do Porto (AEFEUP) e a Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), vencido pela equipa da FEUP por 1-0, a equipa de arbitragem ter acabado a ser perseguida e agredida por elementos e adeptos afetos à equipa minhota. Tornou-se, aliás, viral, um vídeo publicado pelo antigo árbitro internacional Duarte Gomes na sua página de Facebook.
O sucedido motivou um comunicado da FADU em que a organização afirma ponderar a suspensão da modalidade, algo que acabou por não suceder e a própria UTAD, também em comunicado, repudiou veementemente o sucedido exigindo que a “Associação Académica que aplicasse sanções e medidas que interditassem o acesso a atividades desportivas dos autores de tais atos de violência”. Ultrapassados cenários de menor desportivismo, importa-nos agora entender melhor este fenómeno. Afinal, qual é o nível futebolístico que podemos encontrar nesta competição que apela a épocas perdidas do romantismo futebolístico? Ao futebol pelo jogo. Ao futebol do amor à camisola.
“Podemos falar deste campeonato como uma liga sub-23, acima de tudo. Há muitos jogadores que são forçados a escolher entre os estudos ou o futebol a certa altura, mas mantêm a vontade de jogar. Muitos deles tinham e têm talento, passaram por bons clubes na formação. Só não queriam ser profissionais, seja por vontade própria ou por influência dos pais. Ainda assim, muitos deles têm qualidade para mais”, explica ao Bancada Tomás da Cunha, antigo membro da equipa técnico do ISCTE que integrou nos dois últimos anos ao lado de João Almeida Rosa.
“O Campeonato Universitário ataca um nicho que considero muito interessante e que, até ao momento, está pouco aproveitado: em Portugal, há um número muito grande de jogadores que praticaram futebol a nível federado durante muitos anos e que, como a transição para seniores coincide com a altura da entrada na universidade, param de jogar em clubes e optam pela via académica. Falamos de jogadores com boas formações, que competiam em escalões nacionais, mas que têm de escolher entre jogar de forma séria num clube ou passar o foco para os estudos. No entanto, eles não deixaram de gostar de jogar e, muito menos, perderam o seu talento. É esse o nicho que queremos atingir e é o que temos feito. Respondendo de forma mais direta, sim, considero que há talento no CUL – ainda que haja equipas de valor diferente. No ISCTE, temos dois jogadores com passagens pela formação do Sporting e muitos que competiram a nível nacional, e nas outras equipas passa-se o mesmo de certeza”, diz-nos João.
Quais são então os principais desafios que um treinador de uma equipa universitária encontra? Há condições para fazer um trabalho estruturado? Infraestruturas? Disponibilidade dos atletas? “Eu e os meus colegas da equipa técnica nunca nos queixámos de falta de condições, mas há limitações impossíveis de ultrapassar. Desde logo, e por muito que queiramos, aquela não será a principal prioridade para os jogadores, que têm aulas, exames e outras coisas normais na vida de um estudante. Conseguimos contrariar bem esta questão e fazê-los perceber que assumimos um compromisso. Depois, o espaço. Quase todas as equipas treinam nos campos do complexo do Estádio Universitário. Nós treinávamos duas vezes por semana, chegámos a treinar três vezes, mas quase sempre em meio campo, o que dificulta a organização e "piora" a qualidade do treino. Quanto ao material disponível, certamente varia de faculdade para faculdade, mas não nos incomodou especialmente no caso do ISCTE. Mesmo com todas estas condicionantes, conseguimos construir um projeto que envolveu a AE, a nossa equipa técnica e os jogadores”.
“Há cada vez mais condições. Este ano houve obras na Cidade Universitária, há mais campos, melhores instalações e, por consequência, mais tempo de treino. Claro que poderíamos apontar às limitações, que existem, mas é preferível focar no que conseguimos controlar: o nosso treino, as nossas ideias e as nossas ambições. Pessoalmente, como disse antes, tento apostar em ideias positivas, que lhes dêem espaço para desfrutarem do tempo que passam connosco e que façam deles melhores do que são. Isso, aliado a uma exigência alta e a um ambiente sério de trabalho, o mais próximo possível dos contextos federados em que eles estiveram, faz com que os próprios jogadores tenham mais gosto em cá estar, pelo que a disponibilidade deles nunca foi um problema”, diz-nos João Almeida Rosa, treinador da equipa do ISCTE há três anos. “Quando cheguei, eu e a minha equipa técnica (Tomás da Cunha e Ricardo Berto, adjuntos; João Neves, preparador físico), a equipa estava na 2.ª divisão. Subimos no primeiro ano e no ano passado lutámos até à última jornada pelo apuramento para os campeonatos nacionais, que não alcançámos”.
Mas, e então, como é que um treinador prepara uma equipa para defrontar o adversário? O foco tem de ser exclusivo na sua equipa, ou há algum tipo de observação ao adversário a este nível? “Quando chegámos ao ISCTE vimos perto de 100 jogadores durante três semanas. Fizemos o primeiro plantel, ainda na segunda divisão, e desde então começámos a trabalhar o modelo de jogo que achávamos que aproximava a equipa do sucesso. O ISCTE é uma das maiores faculdades de Lisboa e não podia estar na segunda divisão. Não abdicamos desse modelo de jogo, seja em que situação for, mas analisamos os adversários para pequenas adaptações estratégicas. Não sei se é norma ou não nas outras faculdades, mas fazíamos esse esforço e ajudou-nos bastante”, diz-nos Tomás.
“O campeonato universitário é bastante variável, tendo em conta que as equipas muitas vezes dependem das gerações que possuem. No entanto, há equipas tradicionalmente mais fortes, fruto de um trabalho sustentado pela própria Associação de Estudantes. O Técnico (IST), foi campeão quatro vezes nos últimos cinco anos, pelo que há uma hegemonia clara e têm de ser considerados os favoritos. Depois, a FMH, a principal faculdade de desporto em Lisboa, também ganhou vários títulos, e há algumas outras equipas com qualidade, como o ISCAL, FCT ou a FEUNL, que compõem um outro grupo no qual entendo que o ISCTE entra. Quanto à observação, é algo que no ISCTE se fez nos últimos dois anos, uma vez que os jogos decorrem todos na Cidade Universitária. Este ano, com as transmissões online na plataforma mycujoo, essa vertente também sai facilitada”, acrescenta ao Bancada João Almeida Rosa.
Será esta, então, uma competição puramente amadora? Haverá algum tipo de interesse por parte de clubes profissionais ou, pelo menos, semi profissionais na mesma? Com observadores ou semelhante? “Há muitos jogadores que ainda estão em clubes semi-profissionais e de nível distrital. Aliás, tivemos casos de atletas que treinavam nos seus clubes e jogavam pelo ISCTE, para terem algum espaço de competição. Um dos nossos avançados fazia parte do plantel do Caldas, por exemplo, que chegou às meias-finais da Taça de Portugal. Como ele havia outros. Abríamos exceções para quem acrescentava qualidade e demonstrava compromisso. Ainda assim, é certo que esta interação pode e deve ser mais estreita. Os clubes e o futebol universitário só tinham a ganhar”, assinalou Tomás.
“Há interesse de clubes de nível nacional na competição. Como disse, este ano a RealFevr (patrocinadora do CUL de futebol) trabalhou em conjunto com a ADESL numa série de medidas, como a transmissão online de todos os jogos com relato, a parceria com um media partner (o Bola na Rede), a entrada dos dados estatísticos nos CUL e, nesse sentido, também queremos fechar protocolos com clubes de nível nacional. Há interesse nosso e deles, pelo que um acordo poderá ser fechado em breve. O objetivo é que os jogadores tenham a possibilidade e a oportunidade de jogar enquanto estudam e que os CUL saiam valorizados e credibilizados”, acrescenta João.
Sem surpresa, Tomás da Cunha e João Almeida Rosa dizem-nos que o nível desportivo, organizacional e infraestrutural do desporto universitário em Portugal está a anos luz daquilo que se faz em alguns países lá fora, como por exemplo os USA, onde o desporto universitário é tão profissional quanto qualquer competição... profissional no Mundo. “A realidade em Portugal é completamente diferente da dos EUA. Nunca chegaremos a esse patamar de desenvolvimento, mas há passos que foram dados recentemente e que contribuem para um aumento de competitividade no campeonato universitário”, diz-nos Tomás. “O desporto universitário nos EUA são uma referência, embora seja claro que no curto/médio prazo seja impossível atingir um nível semelhante. Ainda assim, as medidas da ADESL e a RealFevr surgem com o objetivo de profissionalizar e credibilizar o desporto universitário em Lisboa e, depois, em Portugal”, acrescentou João.
“Em termos mediáticos, garantiu-se a transmissão em direto de todos os jogos (através da plataforma MyCujoo com quem já falámos anteriormente), encontrou-se um media partner (Bola na Rede) para divulgar e conquistou-se um grande aliado: a RealFevr, patrocinadora principal do campeonato. Em termos desportivos, e isto é o mais importante, estabeleceram-se protocolos com clubes do CNS para que os melhores jogadores possam treinar à experiência no começo da próxima época [os protocolos com os clubes não estão assinados, mas há negociações avançadas e interesse de ambas as partes]. Não têm custo elevado, são jogadores jovens e podem acrescentar talento. Estas medidas foram pensadas pelo João Almeida Rosa, meu colega na equipa técnica, que se mantém como treinador no ISCTE, e apresentadas à ADESL (Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa)”, diz-nos ainda Tomás da Cunha.
A curiosidade aguçou-se e tivemos de perguntar ao Tomás como é que alguém acaba a treinar uma equipa de futebol a nível universitário. “Tinha a ambição de treinar e, não tendo curso, o futebol universitário foi a melhor porta de entrada. Um dos elementos da nossa equipa técnica entrou em contacto com uma representante da direção de desporto da AE do ISCTE, chegaram a acordo facilmente e começámos a treinar pouco depois. Em dois anos, a evolução daquela equipa foi fantástica. Fizemos um plantel do zero, subimos à primeira divisão na época de estreia (perdendo o título apenas nos penáltis) e lutámos pela final-four (que dá acesso aos nacionais) até à última jornada. Tudo isto com o modelo de jogo que pensámos à partida, executado por jogadores muito inteligentes e que querem ganhar sendo melhores do que os adversários. Saí do ISCTE porque estou integrado na equipa técnica dos juvenis A da ADCEO, onde também penso lutar pela subida de divisão. Foi uma questão de falta de tempo. No ISCTE ficou o João Almeida Rosa, que começou do zero comigo, o Gonçalo Xavier (treinador de guarda-redes, autor da página A Última Barreira) e o Steve Grácio. O objetivo é chegar ao que falhámos no ano passado, apurando o ISCTE para os nacionais e, se possível, dar o primeiro título distrital de sempre à faculdade”.
Tal como o Tomás desvendou ainda antes de lá chegarmos, o Campeonato Universitário de Lisboa desta temporada conta com a novidade de ter os seus jogos transmitidos através da plataforma MyCujoo e em colaboração com o portal de informação Bola na Rede. Coordenador desta colaboração é Francisco Correia que, ao Bancada, explica as dificuldades de narrar ou comentar um jogo cujos intervenientes não são propriamente conhecidos.
“Como ainda estamos numa fase inicial, a preparação vem toda com a ajuda do staff da ADESL que tem maiores conhecimentos sobre jogadores e afins. Mas todos os anos as coisas mudam pois há novos alunos. O maior desafio é desenvolver as apetências no relato em direto que vem, claro, de saber os jogadores que estão em campo. Mas também de garantir que o Bola na Rede consegue cobrir os jogos todos com os poucos meios e recursos humanos que há”, confessa-nos Francisco que não só tem a missão de relatar alguns dos jogos, como o de “coordenar e distribuir o trabalho dos colaboradores do Bola na Rede para fazer estas transmissões”, como nos explica.
Como é que surgiu então esta oportunidade? “O interesse ao que sei surgiu pelo facto de o mesmo Bola na Rede ter feito cobertura das fases finais dos campeonatos do ano passado. Foi uma experiência boa para quem produziu e para a ADESL que já transmite jogos desde o ano passado, atenção. A coisa “pegou” no site e criaram-se condições para. Tenho dito que a Eleven Sports tem a Champions, a SPORT TV a Premier League, e nós Bola na Rede temos os Campeonatos Universitários de Lisboa. É um conteúdo nosso, exclusivo e que ainda será mais explorado. Precisamos de mais gente para dar uma ajuda, pois sempre foi assim que o BnR funcionou”.
“Noto que há equipas mais experientes e com uma estrutura mais pensada para dentro e para jogarem melhor. O ISCTE por exemplo tem um treinador de guarda-redes e a equipa do Instituto Superior de Agronomia é 70% formada por caloiros! Quanto muito há treinos duas, três vezes por semana. No futuro creio que as transmissões podem ajudar para poderem ver os jogos anteriores. Quero explorar esse detalhe da preparação mas ao mesmo tempo não pois quero continuar a ver um futebol super puro nestes jogos”, diz-nos ainda.
Mas e, afinal, qual é o feedback recolhido e o nível de audiência deste tipo de competição? “O feedback não tem sido mau pois tentamos divulgar isto nos canais certos. Há um mercado para isto apesar de só estarmos a falar do Campeonato Universitário de Lisboa. Veremos o que gravar com um telemóvel dos bons e um tripé pode proporcionar no futuro. O que se mantém na missão do Bola na Rede é a mesma: desenvolver competências para poder chegar ao mercado de trabalho. Quanto aos números, pelo menos vi na plataforma que passa os jogos - MyCujoo - que as visualizações vão dos 400 aos 800! Mais tarde, no rescaldo do site, onde deixamos em exclusivo a flash interview, a malta já começa a ir vendo. Vamos ver se os leitores ficam habituados a isto”, explica-nos.
Tal como o Francisco assinalou, à equipa técnica do ISCTE não falta também um treinador de guarda redes. Falámos com Gonçalo Xavier para entendermos melhor o nível técnico dos atletas neste contexto e quais as dificuldades que um treinador de guarda redes sente a treinar a este nível. É possível ter adaptar a metodologia de treino e trabalho mais profissional ao futebol universitário? “É sempre possível desde que haja vontade para isso. De quem dá o treino e de quem é treinado. Principalmente um treino personalizado para cada guarda-redes, depois de uma análise prévia de características fortes e menos fortes, e tentar complementar o treino para isso com o feedback ao longo dos exercícios”, afirma ao Bancada Gonçalo Xavier.
“O guarda-redes é o próprio guião do teu trabalho, neste caso específico. É ele, indiretamente, que vai dar as bases para tu elaborares os exercícios de forma mais fechada (previsível e mais técnico) ou mais abertos (imprevisíveis, mais integrados - contexto de jogo). Esse trabalho personalizado é bem recebido pelo atleta porque ele sente que é algo que está feito à medida das suas necessidades e não são exercícios chavão gerais, que servem os propósitos de treino de guarda-redes... mas não do guarda-redes em questão”, acrescentou.
“Com isto, por todas as restrições - menor número de bolas para o treino, a existência ou não de uma baliza para o trabalho, o espaço... tudo isso tem de ser enquadrado e com devida procura de alternativa rápida para o trabalho valer a pena naquele tempo para o treino específico. E temos de fazer valer isso e a procura da melhor decisão e ser inteligente na tomada da mesma ser parte basilar do nosso trabalho no ISCTE, do qual sou responsável. Fazer perceber porque deve ficar na baliza em bolas descobertas, para ter mais espaço e tempo de decisão, e porque deve estar mais subido quando a bola está coberta e temos a defesa alta a pressionar para ele controlar o espaço. Pensar o jogo é muito importante e alguns jogadores podem não ter essas bases e precisar de afinar esse pormenor. Afinando isso, e já possuindo por exemplo a parte técnica, ficarão certamente melhores jogadores no final de cada treino. Entender o "como" e o "porquê" é essencial para se agir em conformidade. E isso tudo é estudado e alertado, dentro e fora do treino, onde falamos abertamente de guarda-redes pelo mundo fora e as suas decisões”, diz-nos ainda.
Mas, e então, qual é o nível dos guarda redes neste patamar competitivo? Há semelhanças com o nível apresentado, por exemplo, em contexto de futebol distrital? “É difícil dizer. Porque são muito jovens, muitos a chegar ao futebol sénior e sem estímulos tão exigentes como do distrital. Mas sinto que há problemas de bases não consolidadas a nível técnico, mas o que é mais impactante é o nível de decisão. Daí ser algo que trabalho. Poucos guarda redes pensam o jogo, apenas executam. E quem chegar a esse ponto de boas decisões, será sempre destaque porque não é comum”, assinala Gonçalo.
Vencer o título é então o objetivo do ISCTE para esta temporada? “Em termos de resultados, o nosso objetivo é de facto alcançar esse primeiro título que o ISCTE ainda não possui. Apesar de termos subido de divisão há apenas dois anos, sentimos que há uma evolução gradual no projeto que nos permite, este ano, traçar metas ambiciosas. Há um núcleo duro de jogadores que continua connosco dos últimos anos e chegaram outros que acrescentam valor ao grupo. Além dos resultados, é objetivo da equipa técnica desenvolver e trabalhar um modelo de jogo positivo, de ataque e que valoriza a bola, agradável tanto para quem nos vê, mas sobretudo para quem joga – o que é algo que considero importante em qualquer contexto, mas ainda mais quando falamos de atletas que não são pagos e que cá estão apenas pela paixão pelo jogo”, explica-nos João Almeida Rosa.