Prolongamento
"O procurador Guerra ou é muito desatento ou aqui há marosca à portuguesa"
2019-10-31 21:20:00
Rui Pinto acusa Ministério Público de ocultar colaboração do hacker com a justiça europeia

Rui Pinto, em prisão preventiva desde 22 de março, voltou a criticar duramente o Ministério Público, acusando em particular o procurador responsável pelo caso em que está indiciado, José Eduardo Guerra.

Em causa está a colaboração do hacker com as justiças de vários países, como prova "um processo Eurojust" que investiga crimes de branqueamento de capitais, fraude fiscal e associação criminosa.

Na abertura desse processo, dois procuradores franceses salientaram que esse processo só foi aberto devido à "colaboração" de Rui Pinto como "testemunha", tendo este ainda entregue "12 milhões de documentos".

"Ainda assim, esse facto foi deliberadamente ocultado do processo em que sou investigado em Portugal", salientou Rui Pinto, num texto que partilhou nas redes sociais.

Essa alegada ocultação tem sido feita por José Eduardo Guerra, "adjunto do membro nacional de Portugal no Eurojust", garantiu o arguido no caso Doyen.

O procurador "referiu que 'da documentação e informação que nos foi disponiblizada [pelo Eurojust] não resultam elementos que nos permitam confirmar ou infirmar a colaboração [de Rui Pinto] com autoridades de outros estados membros", citou o hacker.

"É para dizer, ou o senhor Guerra é uma pessoa muito desatenta, ou há aqui marosca à portuguesa", concluiu Rui Pinto.