Prolongamento
"O Paulinho tinha o guarda-redes. O Seferovic não tinha ninguém"
2022-01-27 11:30:00
Diamantino Miranda e Fernando Mendes discordam sobre o maior falhanço da época até agora

A missão dos avançados há muito que deixou de ser somente a marcação de golos. Por hoje, no futebol, os treinadores pedem aos seus homens mais adiantados que executem várias tarefas de essencial utilidade para o coletivo, funcionando muitas vezes como os primeiros homens a travar os adversários na saída para ataques, sendo consideradores os primeiros defesas no futebol moderno onde todos têm ou devem ter competência para atacar e defender.

Assim, e num futebol cada vez mais pensado para e pelo coletivo, o momento de um costuma ser o reflexo de um todo, porque o grupo é maior que a soma das suas individualidades. Deste modo, os treinadores não gostam que a culpa sobre um fracasso ou falhanço seja atribuída ao jogador x ou y que tenha um dia menos bom ou mesmo mau.

Paulinho e Haris Seferovic são, para já, protagonistas de dois momentos que têm dado que falar nesta temporada. O benfiquista falhou um golo 'cantado', para muitos, em pleno Camp Nou, em jogo da Liga dos Campeões, que poderia ter dado a vitória aos encarnados e uma maior tranquilidade na fase de grupos da prova milionária que, ainda assim, diga-se, as águias ultrapassaram, deixando pelo caminho a formação da Catalunha.

Já Paulinho foi também autor de um golo 'cantado' na meia-final da Taça da Liga diante do Santa Clara que, ainda assim, não teve impacto no apuramento/objetivo dos leões na prova. 

Por conseguinte, os dois lances têm dado que falar nos corredores do futebol nacional, com comparações e comentários sobre qual foi o maior falhanço, se é que um foi maior que o outro, se é que isto do futebol é área de comparações. Para muitos, só falha quem está lá dentro mas há, ainda assim, quem consiga descortinar um falhanço maior entre os dois casos.

"O falhanço mais caricato da época seria o do Seferovic, até hoje, mas o mais caricato de todos é do Paulinho, sem dúvida nenhuma. Este não tem ninguém, pode encostar na bola, mas pronto", assumiu Diamantino Miranda, em declarações na CMTV, num painel que contava com a presença de Fernando Mendes, também ele ex-futebolista, que não concordou com o colega.

Para Fernando Mendes, o helvético leva o prémio de maior falhanço, a seu ver. "São dois falhanços inacreditáveis. O Paulinho falhou e não devia ter falhado mas ainda tinha o guarda-redes. O Seferovic não tinha ninguém, ninguém, tinha a baliza. Este tinha o guarda-redes", esclareceu o seu ponto de vista o ex-futebolista Fernando Mendes, presente no mesmo painel.

Para a história ficam os dois falhanços, sendo certo que quer para um, quer para o outro, fica a consolação de que os falhanços acabaram por não ter impacto decisivo no objetivo do coletivo.

Se Paulinho falhou o golo que seria da tranquilidade do Sporting, a verdade é que os campeões nacionais não deixaram escapar o apuramento para a final da Taça da Liga, tal como o Benfica que, mesmo com o falhanço de Seferovic em Camp Nou para a Champions, apuraram-se para os oitavos de final da prova milionária.