As declarações de Lourenço Coelho, diretor geral do Benfica e administrador da SAD encarnada, à margem da cerimónia do sorteio na Liga, na Alfândega do Porto, têm gerado contestação entre rivais das águias. Muitos têm criticado o dirigente benfiquista, acusando-o de estar a querer pressionar as entidades que tutelam o futebol em Portugal quando a temporada ainda nem arrancou.

Porém, José Manuel Capristano, antigo vice-presidente do Benfica, não concorda com essas ideias e manifesta o seu contentamento com a atitude tomada por Lourenço Coelho na cerimónia da Liga na cidade Invicta, realçando que andou bem o dirigente das águias com as palavras proferidas.

É que além de Lourenço Coelho, a restante comitiva do Benfica não teve grandes palavras ou discursos quando teve oportunidade de falar para a plateia.

De resto, Sílvio Cervan, vice-presidente encarnado, limitou-se a dizer "obrigado" quando subiu ao palco para receber em nome do Benfica o prémio fair-play atribuído pela Liga.

Para José Manuel Capristano, "o Benfica não pode comer e calar" e, por isso, considera que a atitude tomada pela administração encarnada no sorteio da Liga lhe agradou.

O antigo vice-presidente encarnado realça que os dirigentes não faltaram ao respeito com as curtas palavras que foram deixando e, por isso, concorda com a atitude tomada pelas águias.

José Manuel Capristano realça que "o Benfica é o maior clube português" e, nesse sentido, entende que o clube merece ser respeitado por todas as instituições.

Em declarações no canal de televisão A Bola TV, José Manuel Capristano disse ainda que "o Benfica não precisa de ser ajudado". "Só precisa que o respeitem", concluiu.

A propósito das declarações de Lourenço Coelho, Pedro Proença, presidente da Liga, focou-se na unidade que pretende entre todos os clubes.

"O Benfica foi galardoado com vários prémios, até com o próprio prémio da Fundação Benfica. A mensagem foi muitíssimo positiva. Algumas pessoas têm maior facilidade a expressar-se... Mas neste momento há uma união muito grande entre os clubes no que diz respeito ao futebol profissional. É por aí que vamos continuar a trilhar", comentou Pedro Proença, falando ainda também do objetivo que tem para que o tempo útil de jogo seja superior nesta época.

"Vamo-nos bater pelo tempo útil de jogo, pela celeridade processual e também combater a violência", disse o presidente da Liga, realçando que "há a vontade de que o futebol seja positivo".

"Não queremos parar, mesmo numa temporada que registará uma paragem nos meses de novembro e dezembro. É esta positividade que temos de trazer outra vez às competições profissionais", salientou Pedro Proença.