O presidente do Benfica comentou, neste domingo, à partida da comitiva do Benfica para a Grécia, as últimas incidências relativas à sua candidatura, em particular a polémica em torno do facto de o primeiro-ministro António Costa integrar a comissão de honra do dirigente encarnado.

"Estão a ultrapassar todos os limites. Nunca vi, e já aqui estou há muitos anos, uma campanha tão ofensiva e caluniosa que, na realidade, e o que eu tenho estado a assistir", começou por dizer Luís Filipe Vieira, em declarações aos jornalistas, no aeroporto de Lisboa.

"Mas o tempo vai passando e a verdade vem sempre ao de cima. Falarei quando entender que o devo fazer. Até lá, o mais importante é o Benfica e os nossos jogadores responderem em campo", prosseguiu o dirigente.

Luís Filipe Vieira recusou responder a mais perguntas e insistiu na ideia de uma "campanha vergonhosa" que, alega, está a ser feita contra si.

"Nunca vi, e já tenho muitos anos de futebol, uma campanha tão vergonhosa", repetiu.

O semanário Expresso noticiou ontem que António Costa e o seu sucessor na Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, fazem parte da comissão de honra de Vieira para as eleições das águias, em outubro.

Esta notícia gerou uma onda de críticas, não apenas no campo desportivo. O próprio primeiro-ministro já comentou o episódio, mas sem grandes esclarecimentos.

O assunto trespassou as fronteiras do desporto e provocou reações de Rui Rio, presidente do PSD, e de Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda.

“Saber hoje que o primeiro-ministro acha normal fazer parte de uma comissão de honra de alguém que é dos maiores devedores do Novo Banco e que está implicado no problema do BES (Banco Espírito Santo) não fica bem”, afirmou Catarina Martins.