O Benfica enfrenta uma fase de menor rendimento na temporada e já perdeu a liderança do campeonato. A comunicação de Jorge Jesus volta a ser criticada no espaço mediático com alguns comentadores a apontarem o dedo a certas afirmações do técnico nas conferências de imprensa.

Recentemente, o técnico encarnado deixou elogios a Everton, realçando que o internacional brasileiro ocupou uma zona do terreno que não é sua por natureza. "O Everton sacrificou-se pela equipa e agradeci-lhe no final do jogo. A equipa precisava de jogadores com estas características", disse Jorge Jesus, após o triunfo em Vizela.

Para Pedro Henriques, Jorge Jesus 'peca' ao dizer certas coisas sobre uns jogadores e não dizer sobre outros, aludindo ao facto de, anteriormente, o treinador não ter elogiado Vlachodimos nos embates contra o PSV de acesso à Liga dos Campeões.

"Esta história dos jogadores serem todos iguais é tudo mentira. Não são nada iguais. Tu não podes ter filhos e enteados", referiu o antigo jogador do Benfica.

O ex-atleta salientou ainda não ter problema em falar sobre o rendimento de Everton e sobre os comentários feitos por Jorge Jesus relativamente ao jogador. "Não tenho nenhum problema em falar sobre isto", garantiu Pedro Henriques, lembrando que, tal como Jorge Jesus, também ele viu Everton "fazer coisas espetaculares no Brasil e na seleção do Brasil".

Porém, Pedro Henriques realça que, desde que chegou ao Benfica, ainda não viu esse Everton. "No Benfica ainda não vi nada. Zero", comentou o ex-jogador.

"Custa-me um treinador dizer que agradeceu ao Everton por fazer o corredor esquerdo. Agradecer? Desde que chegou ao Benfica o rendimento do Everton é muito inferior do que ele próprio queria", observa Pedro Henriques, em declarações na Sport TV.

O antigo futebolista chama a atenção para os perigos que este tipo de declarações podem assumir no balneário quando as coisas começam a correr mal a nível de resultados.

"Quando as coisas começam a apertar é que é preciso agarrar a alguma coisa. Vais-te agarrar a alguém que não tens como um líder forte?", interrogou Pedro Henriques.

"Não tem que ver com as asneiras ou os gritos", destacou o antigo futebolista, concordando que Jorge Jesus, nesse aspeto, "massacra os jogadores o jogo todo, mas sempre foi assim e não é de agora".

Pedro Henriques alinha mais pela ideia de que "toda a gente já percebeu que há jogadores de que o treinador gosta mais futebolisticamente".