Julian Weigl chegou ao Benfica e rapidamente passou a ser opção, primeiro, de Bruno Lage, depois de Jorge Jesus. O internacional alemão, que alinhava no Borussia Dortmund, fixou-se no miolo dos encarnados, ainda que as exibições do centrocampista nem sempre tenham reunido reunido unanimidade entre a plateia do Estádio da Luz.

A respeito da performance e do rendimento do jogador germânico, recentemente, foram divulgados excertos de conversas de Jorge Jesus pelo jornal Record onde o antigo técnico do Benfica terá dito que preferia o trinco brasileiro Willian Arão, do Flamengo, aos serviços de Julian Weigl, cujos contornos do contrato com a SAD encarnada conheceu divulgação pública nos últimos tempos, apontando-se para um bónus que o germânico terá direito pela utilização de águia ao peito.

Sobre este tema, Carlos Freitas, antigo dirigente do Sporting, entende que é preciso reconhecer as qualidades de Julian Weigl, até porque se trata de um internacional alemão que alinhava no Borussia Dortmund e quando chegou ao Benfica não vinha propriamente para prestar provas da sua qualidade, tendo até outros emblemas interessados no seu concurso.

"A mim o que me espanta neste contrato é que não existe uma cláusula que existe em quase todos os contratos dos jogadores alemães na Bundesliga que é o contrato por ponto", afirmou Carlos Freitas, conhecedor da realidade germânica, fazendo notar que na Bundesliga os atletas costumam ter estas variáveis inscritas nos contratos.

"Ou seja, se for utilizado e a equipa empatar tem x, se for a vitória tem y. É prática corrente do Bayern Munique, do Augsburgo, do Greuther Fürth e do Dortmund também. É uma remuneração por objetivos", esclareceu Carlos Freitas, lembrando que Weigl é um jogador de cartaz.

"Na altura desta aquisição, o Benfica não estava seguramente sozinho por um jogador internacional alemão, que tinha presença na Liga dos Campeões com Jürgen Klopp ao serviço do Borussia Dortmund".

Assim, o antigo dirigenre verde e branco lembra que, quando o centrocampista alemão chegou ao Benfica, vinha com o rótulo de craque. "Não estamos a falar de um aprendiz que estava aqui a obter uma oportunidade de mostrar o seu potencial".

"Weigl tinha presença na Champions com Klopp ao serviço do Dortmund"

Deste modo, em declarações na SIC Notícias, Carlos Freitas faz questão ainda de destacar que, na altura da sua contratação, até o foco das luzes de Paris se colocavam sobre Weigl.

"Se bem me recordo o nome de Weigl foi associado ao Paris Saint-Germain. Portanto, quando alguém decide entrar numa 'competição' para tentar conquistar um jogador deste calibre tem de estar preparado para pagar um salário e todo o tipo de custos associados a uma operação deste tipo".

Por outro lado, o antigo diretor do Sporting lembra ainda que "Weigl veio do Dortmund" e "não veio do Greuther Fürth, do Arminia Bielefeld". Isto é, "veio de uma equipa que tem uma faturação anual maior que a do Benfica se não estou em erro".

Perante tudo isto, Carlos Freitas diz não perceber as dúvidas a respeito quer da qualidade de Weigl quer do contrato que a SAD encarnada assinou com o ex-Dortmund. "Sinceramente não vejo aqui qualquer anormalidade para ficar supreendido com qualquer montante".