O Benfica confirmou a transferência de Darwin Núñez para o Liverpool num negócio que poderá render 100 milhões de euros no total, sendo que nem toda esta verba será encaminhada para os cofres da SAD encarnada, dado que o Almería, anterior clube do uruguaio ainda guardava dividendos possíveis numa futura transferência, como agora aconteceu e, por isso, o emblema do sul de Espanha irá colher proveitos financeiros com a mudança de Darwin Núñez para Anfield.
Ainda assim, os rivais do Benfica têm apontado para a verba que caberá ao clube da Luz que é inferior ao que está estipulado na cláusula de rescisão do internacional uruguaio. Porém, João Braz Frade, antigo vice-presidente do Benfica, não deixa de elogiar o negócio conseguido pela administração liderada por Rui Costa.
De resto, o antigo dirigente do Benfica sublinha que o clube encarnado irá encaixar uma verba superior com a venda de Darwin Núñez para Anfield à que o FC Porto alcançou quando, há poucos meses, Luis Díaz deixou o Estádio do Dragão e fez o mesmo caminho para o clube da cidade dos 'The Beatles'.
"É mais ou menos uma vez e meia a duas vezes o Luis Díaz a margem líquida que entra no Benfica. Só para perceber", indicou João Braz Frade.
Por outro lado, o antigo dirigente do Benfica acredita que já na transferência de Luis Díaz para Anfield, até se fosse Luís Filipe Vieira a tratar do negócio, o jogador tinha sido vendido por uma margem maior em relação à que o FC Porto conseguiu vender.
"Se fosse o Luís Filipe Vieira, um jogador como o Luis Díaz tinha sido vendido por 200 milhões", afirmou João Braz Frade, entre sorrisos, em declarações na CMTV.
A propósito de Luís Filipe Vieira, o antigo vice-presidente das águias diz que o ex-presidente do Benfica conseguiu fazer sempre vendas significativas para os cofres da Luz.
"Se há coisa que ninguém pode dizer do Luís Filipe Vieira naquelas vendas mais conhecidas, não conheço as outras todas, mas daqueles jogadores mais conhecidos, o Luís Filipe Vieira conseguia fazer boas vendas", concluiu João Braz Frade, antigo vice-presidente do Benfica.
No negócio celebrado em janeiro entre FC Porto e Liverpool, ambas as partes entenderam que ficaria estabelecido que os dragões receberiam 45 milhões a pronto, ficando 15 milhões de euros reservados para variáveis relacionadas com objetivos que o colombiano pudesse alcançar em Liverpool.
Quanto ao negócio entre Benfica e Liverpool, as duas entidades chegaram a um negócio que rende 75 milhões de euros, ficando ainda reservado um adicional de 25 milhões de euros. Este está condicionado ao cumprimento de determinadas metas por parte de Darwin.