O Belenenses SAD está a contas com um surto de covid-19 e não solicitou o adiamento, dentro dos regulamentos, segundo se tem vindo a saber, do encontro com o Benfica a contar para o campeonato. Rui Pedro Soares, líder da SAD azul, tem vindo agora a público lamentar esta situação, ao mesmo tempo que o Belenenses SAD pretende a repetição da partida, coisa que juristas, entretanto consultados pela comunicação social, admitem que não venha a acontecer.
Pelo meio, o nome do Benfica aparece envolvido, dado que foi o opositor do Belenenses SAD numa noite na qual a turma azul foi a jogo com nove jogadores, dois deles guarda-redes, e a partida terminou antes do tempo, com jogadores dos azuis lesionados no recomeço da segunda parte, forçando Manuel Mota, o árbitro da partida, a terminar o encontro.
A polémica rapidamente se instalou, com troca de comunicados, argumentos, visões e teorias, coisa que, para Carlos Freitas, antigo dirigente de Sporting, SC Braga e Vitória de Guimarães, entre outros, se explica com o facto de o Benfica ser uma das equipas que esteve presente no jogo.
Para sustentar a sua visão, Carlos Freitas lembra que há poucos anos atrás, a União de Leiria foi a jogo sem os 11 jogadores regulamentares previstos e diz que não se recorda de tamanha dimensão mediática que a questão teve.
"Há meia dúzia de anos, quando foi com o Leiria a jogar com oito jogadores o assunto durou 48 horas. Não se pensou nos problemas a montante no futebol português", critica Carlos Freitas.
Em declarações na SIC Notícias, o antigo dirigente verde e branco sublinha que a dimensão mediática que esta questão tem agora deve-se à presença do Benfica no jogo.
"Como este jogo [Belenenses SAD-Benfica] engloba um dos três grandes tem dimensão mediática que outro tipo de jogo não teve esta dimensão", faz notar Carlos Freitas, certo de que há responsáveis que devem pensar o desporto de forma ampla.
"O problema tem que ver com quem faz as leis, quem defende a competição e quem tutela a mesma", refere Carlos Freitas, aludindo ainda ao tal jogo da União de Leiria contra o Feirense.
"O Leiria-Feirense também aconteceu e desapareceu porque era o Leiria e o Feirense", insistiu Carlos Freitas, em relação ao jogo que teve lugar na Marinha Grande em abril de 2012.
Nesse dia, recorde-se, foram a jogo oito atletas na formação da cidade do Lis que enfrentava problemas financeiros com vários jogadores a fazerem greve.