O Benfica segue atrasado no campeonato face aos rivais e a pressão junto do plantel, sobretudo com Jorge Jesus, aumentou substancialmente desde a última ronda com a derrota caseira no dérbi. Gaspar Ramos, antigo dirigente encarnado, com responsabilidades no plantel benfiquista, não poupa nas críticas ao treinador e diz que já tinha avisado o antigo presidente Luís Filipe Vieira sobre os riscos que o regresso de Jorge Jesus acarretava para o emblema encarnado.

"Jorge Jesus não tem espaço no Benfica desde que reentrou e eu disse isso a Luís Filipe Vieira e isso tem-se confirmado face à sua postura permanente em relação ao grupo, que é o melhor plantel do país", identifica Gaspar Ramos, criticando a forma como o treinador Jorge Jesus se apresenta publicamente de forma frequente.

"Jorge Jesus não vai mudar, é arrogante, cria um clima de revolta, agride o grupo com palavras e com atos", atirou Gaspar Ramos, em declarações proferidas ao jornal O Jogo.

Para Gaspar Ramos, a 'chicotada psicológica' será, por isso, necessária no emblema liderado por Rui Costa. "Qualquer treinador que venha a entrar agora irá ter certamente o apoio dos jogadores", afiança o antigo diretor benfiquista.

De resto, o ex-vice-presidente do Benfica sustenta ainda que a pressão junto de Jorge Jesus não é propriamente um fator novo no emblema lisboeta e aponta para a sucessão de declarações do técnico como algo que o deixam descontente enquanto benfiquista e também como ex-diretor do Benfica.

"O cartão amarelo já lhe tinha mostrado desde o início... Têm-se acumulado uma série de coisas que já se anteviam e tem sido grave demais", considera o ex-vice-presidente Gaspar Ramos.

Para o antigo diretor do Benfica, o treinador encarnado Jorge Jesus "é um fator desestabilizador do grupo de trabalho e isso é meio caminho para não se ganhar".

As críticas ao técnico Jorge Jesus têm subido de tom nos últimos tempos. "Cada dia a mais de Jorge Jesus é um dia perdido para o Benfica", apontou Pedro Adão e Silva, antigo membro da lista de João Noronha Lopes.

As sucessivas declarações e experiências de Jorge Jesus tem levado a críticas por parte dos adeptos mas também de antigos colaboradores do emblema encarnado. "Jesus é um subalterno. Se fosse dirigente do Benfica acabava já com o rodízio", referiu Jorge Castelo sobre o treinador Jorge Jesus que está em final de contrato com o Benfica e o seu nome é apontado frequentemente ao Flamengo.