Bruno Mascarenhas, antigo dirigente do Sporting, diz que o clube deverá pautar as suas assembleias gerais por um clima de "urbanidade" e "respeito" e espera que no emblema do leão sejam "erradicados" certos comportamentos com os quais não concorda e lhe desagradam. "As intervenções mais assertivas e apaixonadas devem ser admitidas. Ao invés, o insulto, os assobios, o boicote à democracia são para erradicar e inaceitáveis", comentou o antigo diretor do clube lisboeta.

Para Bruno Mascarenhas, a recente reunião magna em Alvalade teve um desfecho ao nível das votações do orçamento e do relatório e contas com a qual não contava. E por isso, na condição de sócio e acionista deixa claro que quer acima de tudo vitórias em tons de verde e branco, que sejam acompanhadas por uma "gestão sólida e desejavelmente equilibrada". "O presidente do clube, com maior ou menor mérito tem conseguido trazer vitórias. É factual", lembrou Mascarenhas.

Antigo membro da direção de Bruno de Carvalho, Bruno Mascarenhas faz um ponto de ordem e de interesse e explica que não é apreciador de Frederico Varandas como presidente. No entanto, admite que até lhe poderá entregar o seu voto nas próximas eleições, se o atual presidente for candidato e continuar a guiar o leão num caminho de triunfos dentro de campo.

"Sou daqueles que não aprecia nem o estilo nem a forma de Varandas. Mas venham mais vitórias, mais campeonatos e não terei problemas em dar-lhe o benefício da dúvida e talvez até o meu voto."

Em artigo de opinião que assina no portal Leonino, Bruno Mascarenhas lembra que os sócios do Sporting devem olhar para o futuro e analisá-lo à luz do trabalho feito por Varandas.

Consciente de que não é possível cair no agrado de todos os associados do Sporting, Bruno Mascarenhas apela aos leões que façam uma análise focada no trabalho de Frederico Varandas.

É que para o antigo dirigente do Sporting "quem ganha de forma consistente e apresenta resultados deve ver reconhecido o seu trabalho e reconduzido."

Bruno Mascarenhas reforça ainda o apelo aos associados para que se façam ouvir nas assembleias mas num clima de "urbanidade" e lembra que, no passado, também não gostou da forma como alguns associados se foram dirigindo ao elenco diretivo do qual fazia parte. Por isso, refere que tanto para um lado como para o outro, o importante é que os sócios se manifestem com "respeito".

"Da mesma forma que no mandato que fiz parte assisti a sócios, hoje apaniguados de Varandas, a manifestarem-se de forma pouco correta contra a nossa direção, também não me revejo em atitudes pouco consentâneas com a sua condição que outros sócios têm protagonizado contra esta".

Chamados a analisarem as contas do Sporting, os associados do emblema verde e branco acabaram por chumbar os relatórios de gestão e contas de 2019/20 e 2020/21, tal como o orçamento em curso da época.