Prolongamento
"Há uma campanha surda contra Palhinha por adeptos da equipa que joga viril"
2021-08-31 12:00:00
"Adversários tentam ludibriar equipas de arbitragem fazendo a chamada fita", queixa-se Miguel Braga

João Palhinha é uma das peças fundamentais no onze de Rúben Amorim mas o jogador, que alinha numa zona nevrálgica do terreno, sente a necessidade, por vezes, de travar os adversários e acaba por ver cartolinas amarelas. Porém, nem sempre que o jogador é amarelado há razões para tal, segundo defende o Sporting, que sai em defesa do atleta que, recorde-se, foi protagonista de um caso que fez 'correr muita tinta' na sequência de um amarelo que viu no Estádio do Bessa e o deixaria de fora do clássico com o Benfica. Só que um recurso apresentado pelo atleta no tribunal acabou por suspender o castigo e o camisola 6 foi mesmo a jogo.

Na altura, o árbitro que mostrou o amarelo foi Fábio Veríssimo, juiz de Leiria que volta a estar 'na mira' leonina por causa do amarelo mostrado ao internacional português no embate de Famalicão, no último sábado. O critério inicial de Fábio Veríssimo merece a reprovação por parte de Miguel Braga, responsável pela Comunicação do Sporting.

"Não gostaria de ir por aí, porque não foi por aí, mas o árbitro, infelizmente, possivelmente pressionado, não está habituado já que não houve público durante mais de um ano nos estádios, e aquela pressão das gentes do Norte, se calhar fê-lo ter um momento de má avaliação. Na segunda parte, o árbitro partiu para uma exibição segura", comentou o diretor do Sporting.

Em declarações na Sporting TV, Miguel Braga referiu ainda que, nesta altura, Fábio Veríssimo já entenderá que não deveria ter mostrado amarelo a Palhinha no Municipal de Famalicão.

"Tenho a convicção profunda que se ele fosse ver o lance do Palhinha não era para amarelo. Já na época passada isso aconteceu [no jogo contra o Boavista no Estádio do Bessa]. O João Palhinha tem uma forma impetuosa de jogar e há jogadores adversários que depois tentam ludibriar o árbitro ou as equipas de arbitragem fazendo a chamada fita", detalhou Miguel Braga.

O diretor do Sporting refere ainda que João Palhinha "não é um jogador pequenino e não passa despercebido". "É um jogador muito correto a jogar mas enche o campo numa zona de contacto e há esse tal aproveitamento".

Além disso, sem mencionar, Miguel Braga entende que "há uma espécie de uma campanha surda de adeptos de uma equipa que, por acaso é conhecida por jogar de forma viril, contra o João Palhinha".

Todavia, o diretor do Sporting sublinha não acreditar que os árbitros se deixem ir nessa lógica. "Não acredito minimamente que os árbitros sejam afetados por isso. Não acredito".

Miguel Braga lembra, no entanto, que João Palhinha tem sido alvo de uma espécie de "campanha" que não é nova. "No ano passado foi alvo de uma situação injusta, este ano não é a primeira vez que acontece. Relembro que já sofreu entradas bem duras. Se fosse ao contrário, se é ele a fazer, com o que se diz por aí, ia ser suspenso durante alguns meses."

No canal de televisão do clube de Alvalade, Miguel Braga referiu ainda que os árbitros devem ter maior atenção à forma de jogar de Palhinha. "Acho que Palhinha é um jogador extraordinário e temos muita sorte em tê-lo no Sporting. É um jogador de eleição e de Seleção. Não direi que esta forma de jogar deve ser protegida mas não o devem atacar quando não há necessidade".

"O jogo de Famalicão é prova disso mesmo. O corte é limpo, há o tal teatro, a fita feita pelo jogador adversário e o árbitro foi atrás", concluiu Miguel Braga.