Prolongamento
"Há grandes jogadores nos clubes que na Seleção são zero, não jogam nada"
2021-06-29 12:00:00
"Não são jogadores de Seleção", refere João Alves

A Seleção Nacional portuguesa está fora do Euro2020 mas continuam as 'ondas de choque' com o afastamento precoce da turma das quinas que defendia o título conquistado há cinco anos, em França, na final de Paris, que foi decidida com um remate de Éder no prolongamento. João Alves, antigo internacional português, diz que o futebol nacional ao nível da Seleção terá de repensar a sua forma de abordagem a fases finais.

O 'luvas pretas' entende ser necessário que o selecionador nacional tem de "escolher um modelo" para a equipa e, seguidamente, "escolher os melhores jogadores". Nesse sentido, o antigo internacional luso refere que "há grandes jogadores nos clubes" mas que depois chegam à turma das quinas e "são zero, não jogam nada".

"Não são jogadores de Seleção", comentou João Alves, referindo que já assim era no seu tempo de futebolista e nota que agora acontece a mesma situação.

Ainda que sem querer mencionar, João Alves realçou que se podem perceber quem são os jogadores que podem ser colocados no lote de atletas que fala. "Não vou estar aqui a numerar. Não vou dizer quais são. Fica para outros episódios", defendeu João Alves.

O 'luvas pretas' acredita que a turma das quinas poderá "jogar um futebol melhor" nas próximas fases finais mas entende que as coisas têm que ser "trabalhadas" nesse sentido, primeiro.

Depois do afastamento de Portugal aos pés da Bélgica, João Alves diz que não está convencido da superioridade belga no relvado de Sevilha e lembra que a Bélgica é primeira do ranking FIFA de seleções mas "jogou zero".

"Fez um remate de fora à baliza [deu golo]. Está cheia de craques e criaram uma ocasião de golo. Tem os Kevin De Bruynes e Lukakos que é um espetáculo...", ironizou João Alves, em declarações na RTP 3. 

Fernando Santos, o selecionador nacional, tem sido criticado pela forma como apresentou a turma lusa no Euro2020. Porém, o espírito de entrega da Seleção foi recentemente destacado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que fez questão de ir receber a Seleção Nacional.

O engenheiro que levou a Seleção Nacional, em 2016, à conquista do título europeu conduziu a turma lusa a um dos piores registos da história em fases finais do Euro, depois de, cinco anos antes, em França, ter levado a Seleção Nacional de Portugal à conquista daquele que é, até este data, o seu maior troféu da história.