Martins Soares, antigo candidato à presidência do FC Porto e, recentemente, ao Conselho Superior do FC Porto, critica as remunerações recebidas por Fernando Gomes e Adelino Caldeira na estrutura azul e branca e explica as razões que o levaram a ser o único acionista a votar contra num de cinco pontos que estiveram em debate na última assembleia da sociedade que gere o futebol profissional do clube da Invicta.

No que respeita à política de remunerações da administração da SAD do FC Porto, Martins Soares entendeu dar o seu voto negativo. E explicou-se. "Fui o único a votar contra no ponto que diz respeito à política de remunerações, porque acho que foram exagerados os valores recebidos por Adelino Caldeira e Fernando Gomes".

O antigo candidato à presidência do FC Porto sustenta ainda que "receberam 618 mil euros, cada um, em tempos difíceis". E o ex-candidato e também acionista da SAD do FC Porto lamenta que tal tenha acontecido, aludindo às dificuldades financeiras que o FC Porto tem vindo a enfrentar.

"Ao contrário de mim, nenhum deles tem ações em nome próprio", acrescentou Martins Soares, realçando que concordou com a remuneração que foi paga a Pinto da Costa.

"Estou de acordo com o valor que recebeu porque ele está no topo da pirâmide", sublinhou Martins Soares, em declarações ao Record, numa análise à recente assembleia de acionistas dos azuis e brancos.

Os valores em causa dizem respeito à conquista do título de campeão nacional na temporada 2019/20 por parte do FC Porto, orientado por Sérgio Conceição.

Realçando que foi o único a pedir a palavra na assembleia, Martins Soares explicou ainda que decidiu aprovar os restantes pontos devido ao contexto que o país, em geral, e os clubes, em particular, têm enfrentado por conta da pandemia.

"Em condições normais não tomaria uma posição pública mas depois de ver que o FC Porto fez um comunicado achei que deveria esclarecer que fui eu quem votou contra naquele ponto".

Na mais recente divulgação de contas do último exercício, a SAD do FC Porto apresentou um resultado líquido consolidado positivo de 33,405 milhões de euros na época 2020/21. Tratou-se, segundo a SAD portista, do melhor resultado de sempre obtido por aquela sociedade que gere o futebol profissional dos azuis e brancos.

Nos anos mais recentes, recorde-se, a SAD do FC Porto teve de lidar com impedimentos financeiros provocados não apenas pelo contexto económico a nível mundial mas também por conta da UEFA, que tem vindo a vigiar as contas por causa do fair-play financeiro.