FC Porto e Portimonense têm, nos últimos anos, realizado vários negócios, com jogadores a rumarem ao Dragão desde Portimão de forma frequente e outros do Porto para o Algarve. Shoya Nakajima é o jogador mais recente a fazer o trajeto, neste caso, de Norte para Sul, voltando a uma casa que bem conhece. No FC Porto, o nipónico nunca se conseguiu fixar no onze de Sérgio Conceição e agora, depois de ter sido emprestado para o estrangeiro, o FC Porto entendeu cedê-lo ao Portimonense, esperando que o jogador volte a mostrar serviço, como fez na primeira passagem pelos algarvios.

A SAD portista fez um investimento na ordem dos 12 milhões de euros por 50 por cento dos direitos económicos do atleta, quando o contratou ao Al-Duhail, mas o asiático nunca se afirmou com o dragão ao peito, procurando agora relançar a carreira num local onde já foi muito feliz, em Portimão. Ora, esta é uma localidade onde um outro jogador, Beto, no caso, se vinha destacando. Porém, o atacante entendeu que está terminado o seu tempo no Portimonense e pretende rumar a outras paragens. 

Muito cobiçado nesta janela de transferências, o avançado enfrenta agora um processo disciplinar, dado que pediu para não jogar mais pelo clube de Portimão, numa situação que o líder do conjunto do Algarve já reconheceu ser "impensável".

Nos corredores do futebol, há quem abra a possibilidade de o empréstimo de Nakajima ser uma espécie de primeiro passo dado pelo FC Porto para tentar a contratação de Beto.

Vítor Manuel, experiente treinador de futebol, assegura que Beto poderia encaixar no plantel de Sérgio Conceição, dadas as características que o avançado tem.

"O Sérgio Conceição vê nele características muito específicas, atendendo à intensidade e verticalidade do futebol do FC Porto e à pujança física de Beto", disse, falando do eventual negócio.

"O FC Porto tem relações ótimas com o Portimonense. Vai ser gerido entre as duas direções sem intermediários", vaticinou Vítor Manuel, em declarações na A Bola TV.

Em relação a Nakajima, o treinador sublinha que "há jogadores que têm dificuldades de adaptação". "Não conseguiu corresponder e não pegou de 'estaca', como se costuma dizer. Teve problemas com os covids e houve problemas disciplinares que não correram bem. Foi um investimento caro do FC Porto", disse, salientando que o nipónico está em Portimão para tentar "refazer" a carreira.

"Ocorreram fatores que não conseguiu ultrapassar", observou Vítor Manuel em relação ao jogador que, na apresentação como reforço do Portimonense, não escondeu o entusiasmo por voltar ao Estádio Municipal de Portimão.