O Benfica mostrou o seu desagrado em relação ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol e exigiu mudanças na estrutura federativa liderada por Fernando Gomes. O antigo vice-presidente encarnado José Manuel Capristano vai mais longe e pede uma 'revolução' no futebol português.

"O desporto para alguns não é desporto. Quando vejo jogadores e não só jogadores que insultam o Benfica para se vitoriarem, para comemorarem a sua vitória, têm que achincalhar o Benfica, o Rui Costa ser arguido de um processo de incitamento à violência porque disse basta...", criticou José Manuel Capristano, mostrando-se desagradado com o castigo que o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol decidiu aplicar a Rui Costa, na sequência das declarações do presidente do Benfica após o jogo contra o Gil Vicente, no Estádio da Luz, para o campeonato, que as águias perderam e que motivou muitas críticas à arbitragem.

José Manuel Capristano alinha pela mesma ideia do clube da Luz e desafia novamente o emblema encarnado a procurar alternativas a esta Federação Portuguesa de Futebol.

"O Benfica, o meu Benfica, o Benfica de seis milhões de portugueses, com a força que tem, tem de arranjar maneira de ter alternativa para lista nas próximas eleições na Federação Portuguesa de Futebol", disse Capristano, alargando a lista de alternativas que deseja que o Benfica tenha.

"Para a Liga, para o Conselho de Arbitragem, para o Conselho de Disciplina. O Benfica tem muita força e não pode ser espoliado, prejudicado permanentemente e ainda é castigado por dizer basta".

Por outro lado, o antigo dirigente diz que não tem memória sobre o comportamento dos árbitros em relação à crítica como se verifica atualmente.

"Nunca vi. Nunca vi um país onde se pode dizer mal de toda a gente menos dos árbitros. São intocáveis", referiu Capristano, que falava em declarações no canal A Bola TV, onde endereçou críticas ao Conselho de Arbitragem liderado por Fontelas Gomes.

"Este Fontelas Gomes foi árbitro de quê? Futebol de praia. Então está à frente do futebol em Portugal? Toda a gente diz que há erros. E não são erros primários, são erros atrás de erros. E toda a gente acha muito bem", lamentou o antigo dirigente do Benfica.

Por conseguinte, José Manuel Capristano entende que o "Benfica tem de ser contundente e liderar um processo de alternativa a estes órgãos sociais da Federação Portuguesa de Futebol".

Para o antigo dirigente das águias, "o futebol português não pode ser isto". "Por isso é que se diz 40 anos de vitórias, 40 anos de êxitos alguns dos quais a gente conhece como é que foram. Tenho dito", referiu sobre este tema José Manuel Capristano.