O Conselho Superior de Magistratura (CSM) optou por não comentar o sorteio do juiz Paulo Registo, que tem sido associado ao Benfica, para presidir ao julgamento do processo Football Leals, que tem Rui Pinto como arguido.

A indicação do juiz, hoje confirmada à Lusa por fonte judicial, tem provocado uma reação de contestação nas redes sociais, com o magistrado a ser apontado como 'benfiquista ferrenho'.

Na sequência de um pedido de esclarecimento feito pela revista 'Sábado', o CSM optou por não comentar.

"O CSM não se pronuncia sobre a questão que coloca por se tratar de matéria que pode ser invocada quer pelo arguido quer pelo MP nos próprios autos", foi a resposta dada.

Além de ter publicado fotos no Estádio da Luz e com adereços alusivos ao Benfica, o juiz tinha feito 'gosto' numa publicação em que o hacker é citado como "Rui pirata Pinto".

Paulo Registo vai presidir ao coletivo de juízes do julgamento em que Rui Pinto responde por 90 crimes, sendo que esse coletivo é o mesmo que julga o processo 'E-toupeira', cujo principal arguido é Paulo Gonçalves, o ex-assessor jurídico da SAD do Benfica, embora neste caso o coletivo seja presidido pela juíza Ana Paula Conceição.

Ainda antes da confirmação do resultado do sorteio já Ana Gomes, ativista contra a corrupção e antiga eurodeputada, criticava a indicação de Paulo Registo, um dos juízes "fãs do Benfica".