Jorge Jesus é um dos nomes incontornáveis da história recente do futebol português. O treinador do Benfica começou nas divisões inferiores mas, ao longo dos anos, foi trepando divisões e patamares chegando e mantendo-se num ponto alto da carreira, em Portugal, onde já orientou Benfica e Sporting, tendo também representado equipas como SC Braga, Vitória de Guimarães e Vitória de Setúbal.
Numa altura em que chega aos 600 jogos no campeonato, Jorge Jesus fez um balanço daquilo que já fez, do que quer fazer e do que ficou ainda por fazer numa carreira recheada de vitórias, empates mas também desaires. Alguns deles marcantes para o treinador e adeptos das equipas que orientava.
Seja como for, Jorge Jesus promete continuar a ser o que tem sido até aqui, não negando que o tempo lhe vai permitindo ver as coisas com outros olhos e de outra maneira.
"Prefiro ser assim… Sempre pensei pela minha cabeça e nunca pensei pela cabeça dos outros. Nem os meus pais decidiram a minha carreira e hoje continua assim", admite Jorge Jesus.
Na condição de um dos 'decanos' na arte do treino em Portugal, atualmente em atividade, Jorge Jesus reconhece que vê com agrado e satisfação que alguns dos seus ex-jogadores acabaram por dar em treinadores com sucesso, como são os casos de Sérgio Conceição e Rúben Amorim, treinadores de FC Porto e Sporting, respetivamente.
"O que para mim é importante é que o Sérgio Conceição é um grande treinador, como outros meus antigos jogadores", comentou Jorge Jesus, recusando qualquer tipo de rivalidade fora das quatro linhas com o timoneiro azul e branco.
"Uma coisa é a rivalidade fora de campo e outra coisa é dentro de campo. O que para mim é importante é que o Sérgio hoje é um grande treinador como outros ex-jogadores meus são. Isso é que é importante. Alguma coisa ficou neles de mim. A valorização dele, como de outros, deixa-me extremamente orgulhoso", revela Jorge Jesus.
Em declarações ao jornal A Bola, o treinador encarnado falou também sobre a carreira de Rúben Amorim, atual detentor do título de campeão nacional, conquistado em Alvalade.
"Sinto-me feliz porque está ali um treinador que também trabalhou comigo vários anos e anda à procura do seu caminho e das condições para também ser um dos grandes treinadores do futebol português. Já o é. E isso também me deixa orgulhoso".
Em relação ao que lhe reserva o futuro, e sem destacar se irá manter-se na Luz, ou não, para lá do fim do atual contrato, que termina no fim da época, Jorge Jesus insiste que escolhe o clube que quer orientar e medo é palavra que só entra no seu dicionário relativamente a questões de saúde. "Desportivamente tenho zero medo. Só em termos de saúde tenho medo. Desportivamente zero."
