Prolongamento
"Centro de formação premium do Seixal ultrapassado pelo Olival e por Alcochete"
2021-12-06 13:05:00
Ex-presidente da Académica diz que este Benfica "lembra os tempos em que era cemitério de treinadores"

Jorge Jesus voltou ao Benfica pela mão de Luís Filipe Vieira e prometeu "arrasar" e colocar a equipa a jogar "o triplo" daquilo que fazia antes de assumir o comando técnico das águias. Um ano e meio depois, Jorge Jesus é contestado e Rui Costa é pressionado para fazer 'cair' o treinador que nunca reuniu unanimidade na Luz.

Para José Eduardo Simões, antigo presidente da Académica, o Benfica está numa espécie de 'encruzilhada' com o treinador que tem sido fortemente associado a um regresso ao Flamengo, onde os adeptos suspiram por ele. "Jesus é o mais exposto porque o mundo encarnado, os seus dirigentes e adeptos, a solícita comunicação social não entendem por que razão o clube mais poderoso, com maior orçamento e mais rico não está 10 pontos à frente no campeonato, com FC Porto e Sporting a desunhar-se pelo título de vice".

O antigo presidente dos 'estudantes' refere que os jovens da formação benfiquista também têm ficado à porta da equipa principal e nota que os rivais têm conseguido fazer esse caminho, ao contrário dos encarnados.

"E o Seixal, como centro de formação premium, está a ser ultrapassado pelo Olival portista e pelo Alcochete leonino. Está o Benfica arredado do título nacional? Talvez não, mas lembra os tempos em que era cemitério de treinadores".

E em relação a Jorge Jesus, para José Eduardo Simões não restam dúvidas de que "parece ter atirado a toalha ao chão", sendo que também a saída de Luís Filipe Vieira não é tida como algo positivo, segundo o antigo dirigente.

"Parece claro que, a nível diretivo, o Benfica em nada beneficiou com a saída de Luis Filipe Vieira", sustentou, acrescentando que quem olha para a direção do Benfica percebe essa situação.

"Não existe mensagem nem jeito, objetivos claros e propostas, nem parece haver grande união", analisa José Eduardo Simões, em artigo de opinião no jornal O Jogo.

"Sente-se hoje que Jorge Jesus está gasto e o Benfica o está a desgastar rapidamente. Deve estar a contar os dias para se ir embora. Nada conseguiu fazer do que tanto prometeu e deverá sair pela porta pequena", vaticina José Eduardo Simões.

A respeito deste assunto, e por qualquer porta do Estádio da Luz, já deveria ter saído Jorge Jesus, no entendimento de Pedro Adão e Silva. O antigo candidato a vice-presidente das águias considera que o clube encarnado está a perder tempo com o atual treinador. "Jorge Jesus faz parte do passivo deixado pelo senhor Luís Filipe Vieira. Cada dia a mais de Jorge Jesus é um dia perdido para o Benfica".

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