O Benfica denunciou, através de um longo comunicado, a "grave conduta" do Federação Portuguesa de Judo, criticando Jorge Fernandes pelas "várias intervenções públicas e privadas e de decisões injustificáveis".

No texto, os encarnados referiram que vão apresentar uma exposição formal à Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, ao IPDJ e ao Comité Olímpico de Portugal.

"Para se estar no desporto não basta repetir incessantemente, com tempos verbais na primeira pessoa do singular, que se detém e exerce o poder", criticou o Benfica: "Pelo contrário, o sentido de responsabilidade, a capacidade de escuta, o respeito pelo papel dos clubes e uma estratégia que dê condições fundamentais aos atletas deve ser a prioridade. Em contraponto com um ambiente de permanente conflito junto dos judocas de maior potencial".

Com o judo português a posicionar-se para tentar a melhor prestação possível na Olimpíada de 2020, Jorge Fernandes criou "uma série de conflitos", no entender das águias, que apresentam como exemplos a não inscrição de Rochele Nunes no Grand Prix de Tashkent e a dispensa do treinador Go Tsunoda no decorrer do último Mundial.

"Ao Estado e ao Comité Olímpico competirá também analisar se este é o estilo de dirigente que, em pleno século XXI, deve decidir quais as expectativas e calendários de alguns dos melhores praticantes de judo atualmente em Portugal", finalizou o Benfica, prometendo levar a contestação "até às últimas consequências".