Prolongamento
"Basta. Benfica tem de arranjar alternativa aos órgãos da FPF"
2022-05-12 11:40:00
"Eu conheço-os, sei quem são e sei onde estiveram", lamenta ex-vice-presidente do Benfica José Manuel Capristano

O Benfica tem manifestado descontentamento em relação às arbitragens nacionais, que estão sob tutela do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, mas José Manuel Capristano, antigo vice-presidente do clube da Luz, diz que o emblema encarnado tem de ir mais longe e pensar em alternativas para os órgãos sociais federativos no caso de o atual elenco liderado por Fernando Gomes tentar avançar para novo mandato.

"O Benfica tem de se preocupar em arranjar uma alternativa aos órgãos da Federação Portuguesa de Futebol. Eu vou repetir. Tem que arranjar uma alternativa aos atuais dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol", desafiou José Manuel Capristano, falando sobre as atuais figuras do edifício federativo.

"Podem ser os melhores do mundo para a comunicação social. Eu conheço-os, sei quem são e sei onde estiveram. Na comunicação social são deuses mas têm prejudicado o Benfica de alto abaixo", criticou o antigo dirigente do emblema encarnado.

Nesse sentido, o antigo dirigente do Benfica entende que o clube lisboeta "tem que ter força suficiente, olhando a meios para chegar aos fins, e arranjar listas alternativas".

"Se esta Federação Portuguesa de Futebol se voltar a candidatar, o Benfica tem de arranjar uma lista alternativa credível e de gente muito boa e gente credível. O Benfica tem sido manifestamente prejudicado", sentenciou José Manuel Capristano, alargando as críticas em relação à forma como o clube é também tratado na comunicação social.

"Às vezes digo assim: como é que é possível em todos os jogos a comunicação social, as rádios, os jornais, as televisões dizerem que é uma questão de intensidade. Com os outros está tudo certo", lamentou José Manuel Capristano, que falava em declarações no canal A Bola TV.

O antigo vice-presidente do Benfica considera que Rui Costa deve registar mudanças significativas no edifício do futebol encarnado mas também não descartar decisões tendo em vista a política federativa.

"O Benfica tem muita força, é o maior clube português, tem que ter o respeito de toda a gente em Portugal mesmo dos nossos adversários", salientou José Manuel Capristano, indicando que "o Benfica tem que ter força suficiente e tem para se impor".

"Impor não é querer benesses. É não ser prejudicado. O Benfica não quer benesses. O Benfica não pode ser prejudicado e tem sido ferozmente prejudicado", sustentou o antigo dirigente benfiquista. "Peço desculpa deste desabafo mas é um desabafo que não é de hoje, basta", concluiu José Manuel Capristano.