Carlos Barbosa da Cruz voltou ao denominado processo ‘Saco Azul’ e admite que “o Benfica embarcou num arranjo”.
O universo encarnado enfrenta a Justiça no âmbito do denominado caso ‘Saco Azul’. E sobre ele falou o ex-dirigente sportinguista Carlos Barbosa da Cruz, realçando que “existe” uma “suspeita fundada” a recair sobre as águias.
Assim, o advogado sustenta: “Para mim, a questão não é apenas judicial”. Nesse âmbito, “existe a suspeita fundada que o Benfica embarcou num arranjo para receber avultadas quantias de dinheiro em notas”.
Nesse sentido, Barbosa da Cruz admite que, a partir daí, “à falta de explicações, todas as suspeitas são legítimas” contra o Benfica.
Benfica embarcou em arranjo no ‘Saco Azul’?
Por outro lado, Barbosa da Cruz recorda o ‘Apito Dourado’ e lembra uma situação. Segundo ele, o Benfica é, desde o caso Apito Dourado, o clube que mais vezes se viu envolvido em “trapalhadas judiciais”.
“O Benfica é a instituição que, depois do ‘Apito Dourado’, se viu envolvida em maior número de trapalhadas judiciais, muitas delas infelizmente ainda pendentes”, assinalou o antigo dirigente leonino. O também atual presidente do Grupo Stromp do Sporting falava ao Record.

No âmbito do caso ‘Saco Azul’, recorde-se, várias figuras ligadas ao passado encarnado estão sob suspeita mas também a SAD benfiquista enquanto entidade coletiva.
Assim, o ex-presidente Luís Filipe Vieira, a SAD encarnada e a Benfica Estádio, respondem em tribunal por suspeitas de desvio de verbas através da celebração de contratos fictícios.
“O Benfica é a instituição que, depois do ‘Apito Dourado’, se viu envolvida em maior número de trapalhadas judiciais, muitas delas infelizmente ainda pendentes”
De acordo com a investigação, esta aponta para uma alegada aquisição de contratos de consultadoria e apoio informático que podem nunca ter ocorrido. Será em tribunal que a questão será avaliada e decidida.
Recorde-se que quando foi conhecida a decisão instrutória, a equipa de advogados do Benfica lamentou que o caso fosse a julgamento.
Em comunicado, os advogados dos encarnados João Medeiros, Rui Patrício e Paulo Saragoça da Matta disseram que o juiz “desvalorizou toda a abundante prova produzida em sede de instrução”.
Assim, como em outros processos judiciais, a equipa jurídica do Benfica confia que a SAD encarnada sairá ilibada de tribunal, à imagem do que acontecem em os processos anteriores como, por exemplo, o caso ‘E-Toupeira’.
No âmbito do ‘E-Toupeira’, recorde-se, a SAD do Benfica nem sequer foi pronunciada para ir a julgamento. Após a decisão instrutória, a Justiça não encontrou provas para levar a SAD do Benfica a julgamento.