Prolongamento
As maiores cláusulas de rescisão do mundo
2021-10-16 21:00:00
Pedri renova com Barcelona e entra diretamente na lista

O Barcelona surpreendeu o mundo do futebol em meados de outubro de 2021, ao anunciar um acordo com Pedri para a renovação do contrato. O internacional espanhol é uma das grandes promessas do país vizinho, pelo que o surpreendente não foi a renovação: o que causou admiração, até algum escândalo, foi a cláusula de rescisão do novo contrato, fixada em mil milhões de euros, quando o clube atravessa uma grave crise financeira.

Pedri, que chegou ao Barcelona em 2019, vai continuar no clube até junho de 2026, blindado por uma cláusula de rescisão milionária. Mas em que posição ficam estes mil milhões na lista de maiores cláusulas de rescisão do mundo? Basta lembrar que os valores destas cláusulas dispararam a partir de 2017, por causa de um negócio envolvendo... o Barcelona.

Nesse ano, o Barcelona surpreendeu o mundo do futebol ao anunciar que o Paris Saint-Germain tinha pago os 222 milhões de euros da cláusula de Neymar. O avançado brasileiro rumaria ao PSG, para o qual se mudou no último verão o argentino Lionel Messi, outro histórico do Barcelona. Desde então, muitos clubes europeus procuram colocar preços 'proibitivos' nas cláusulas de rescisão. O problema é que, para acompanhar valores tão altos, é preciso subir também os ordenados...

Mas quais são, afinal, as maiores cláusulas de rescisão do mundo? Vamos começar diretamente pelo quarto valor da tabela, acima dos 750 milhões das cláusulas de Federico Valverde, Luka Modric (ambos do Real Madrid) e Brahim Diaz (AC Milan, mas emprestado pelo Real Madrid). Deixemos de lado estrelas como Marco Asensio, Isco, Vinicius Jr, todos do Real Madrid e com uma cláusula de 700 milhões, e Gareth Bale (Real Madrid), Gerard Piqué e Sergi Roberto (ambos do Barcelona), pois a cláusula destes é apenas de 500 milhões de euros.

Antoine Griezmann

E não é que temos o Barcelona de novo 'metido ao barulho'? O futebolista com a quarta cláusula de rescisão mais alta é o francês Antoine Griezmann, que protagonizou um controverso vaivém entre Atlético Madrid e Barcelona.
Em 2019, após vários meses de rumores e trocas de comunicados inflamados entre os dois clubes, Griezmann informou oficialmente o Atlético Madrid de que ele próprio iria pagar a cláusula de rescisão, no valor de 120 milhões de euros, para assinar pelo Barcelona.

Griezmann assinou pelo Barcelona (a custo zero para o clube) e ficou com uma cláusula de rescisão de 800 milhões de euros. Em agosto, o francês regressou ao Atlético, por empréstimo, com a formação de Madrid a pagar 10 milhões de euros pela cedência até junho de 2022.

David Alaba

No final de maio de 2021, o Real Madrid anunciava a contratação de David Alaba. O internacional austríaco terminou contrato com o Bayern Munique, que representava desde a temporada 2000/2001 e ao serviço do qual conquistou 28 títulos, incluindo duas Ligas dos Campeões e o decampeonato alemão.

A transferência foi tão mediática que despertou a atenção das imprensas espanhola e alemã, que foi escrutinar os valores envolvidos. De acordo com a Marca, o Real Madrid pagou um bónus de assinatura de 17,7 milhões. Mas bem mais impressionante é a cláusula de rescisão. Segundo o Der Spiegel (o jornal com maior tiragem da Europa), Alaba ficou com uma cláusula de 850 milhões de euros, a segunda maior na história do futebol.

Benzema e agora... Pedri

A lista das cláusulas de rescisão mais altas já era liderada por um jogador do Real Madrid, ainda antes de Alaba se juntar ao plantel. Ao renovar contrato com Karim Benzema, no verão de 2021, os merengues, que tinham visto o capitão Sergio Ramos sair a custo zero para o PSG, fixaram a cláusula de rescisão de Benzema nos mil milhões de euros.

Um valor recorde agora igualado pelo rival Barcelona, na renovação de Pedri. A principal diferença? Benzema já tem 33 anos (e quatro Ligas dos Campeões e três campeonatos de Espanha no palmarés, entre outros troféus), enquanto o cartão de cidadão de Pedri refere 18 anos de idade.

A conclusão é fácil de registar: o Real Madrid tem nove dos 12 jogadores com as maiores cláusulas de rescisão, sendo os restantes três do Barcelona. E cada um dos colossos espanhóis emprestou um desses jogadores a outro emblema.