O Benfica está pronto a defrontar o PAOK na próxima terça-feira, para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, garantiu hoje o médio brasileiro Everton Cebolinha.
Em entrevista ao Record, citada no site oficial das águias, o internacional brasileiro admitiu que o plantel está ciente da "grande importância" do jogo, pois a vitória em Salónica, na Grécia, coloca o Benfica no playoff de acesso à 'liga milionária', frente aos russos do Krasnodar.
Esta pré-temporada "foi bem diferente" devido ao contexto pandémica, mas a equipa técnica "conseguiu adaptar bem os treinos", salientou o jogador, não poupando nos elogios a Jorge Jesus.
Everton confessou mesmo que a ligação feita pelo técnico, quando era ainda jogador do Grémio, acabou por ser decisiva para a decisão de assinar pelo Benfica.
"Logo após o telefonema de Jorge Jesus, a minha vontade de vir duplicou. Já tinha vontade de representar este clube e esta camisola e depois fiquei com a certeza", revelou.
Jorge Jesus teve "muita responsabilidade" na decisão tomada pelo médio, atento ao perfil "vencedor" do técnico após o ter defrontado ao serviço do Grémio.
"Por onde passou, ganhou títulos. Vi isso no Brasil e queria experimentar estar do lado dele. Este é um grande clube, ele aqui fez uma grande história e tinha de estar ao lado dele", realçou.
Pelo Grémio, Everton defrontou várias vezes o Flamengo, mas nunca venceu a equipa então orientada por Jorge Jesus.
“Agora que trabalho ao lado dele, vejo a diferença que faz por onde passa. E agora espero também poder vencer ao lado dele”, continuou.
Contratado por 20 milhões de euros, o médio adiantou que não sente a pressão de justificar o valor.
"Eu tinha grande visibilidade, havia outros clubes interessados na minha contratação, mas a pressão é coisa para se deixar de lado. Quero apenas fazer o meu trabalho, o que sei de melhor. E as coisas vão fluir naturalmente neste grande clube", justificou.
Nesta entrevista para se apresentar aos adeptos encarnados, Everton deixou a promessa de estar a trabalhar para "encaixar" no onze de Jorge Jesus.
"Tenho aprendido muito nos treinos e estou a habituar-me a jogar no estilo de Jorge Jesus e da equipa. As coisas vão encaixar, o treinador vai ajudar na parte tática e técnica e os resultados vão aparecer dentro de campo", salientou.
A adaptação tem sido facilitada por um grupo de trabalho “muito bom” e “vencedor”, pois há jogadores que “já venceram muitos títulos aqui no Benfica”, lembrou.
“Estou aqui há um mês, mas parece que já aqui estou há bem mais tempo. E isso faz toda a diferença. Quando há intimidade com os seus companheiros, dentro de campo isso dá resultado”, apontou.
Uma “intimidade” que é especialmente visível com outros brasileiros do ataque encarnado, como Pedrinho e Vinícius.
“Esse entendimento é melhor se vier já de fora de campo”, reforçou, antes de apontar outros exemplos.
“Também tenho com o Pizzi, que é um jogador muito inteligente. O próprio Rafa e o Seferovic. Jogadores com os quais temos de nos habituar a jogar. Temos de acompanhar o ritmo deles. Pensam rápido. São jogadores de uma qualidade técnica extraordinária”, elogiou.
Everton Cebolinha fez ainda questão de destacar a “grande qualidade” de Adel Taarabt.
“Lembrava-me dele no Milan, mas pouco. Estar a jogar com ele é muito bom. Tem uma qualidade impressionante, muito habilidoso, tem um jeito brasileiro de jogar, gosta muito do drible, como eu”, finalizou.