O comunicado do Conselho Superior do FC Porto, que apontou críticas ao que chamou de "condicionamento criado à já mencionada Assembleia Geral, e o empolamento artificialmente criado pela comunicação social e redes sociais" e que "tiveram como resultado os lamentáveis incidentes a que assistimos, convertendo uma importante Assembleia num momento de primárias incendiadas", merece reparos por parte de Diogo Luís.

O antigo jogador de futebol lamenta que um órgão social do FC Porto trate assim os espisódios de violência a que se assistiram no Dragão Arena, na semana passada, e que levou à suspensão da reunião magna.

"No futebol temos uma expressão para isto. Este Conselho Superior é puxa-saco, vivem disto. Gostam de ir para os camarotes comer croquetes, tirar fotografias", referiu Diogo Luís, em declarações na CNN Portugal, criticando a forma como o Conselho Superior do FC Porto encarou o caso.

"O Conselho Superior faz documentos importantes, recomenda, sugere, está perto da Direção e da Administração", destacou o ex-jogador, realçando que esperava outra reação por parte deste organismo consultivo da estrutura portista.

"Quando vemos uma administração sentada com os insultos a acontecerem, o presidente da Mesa da Assembleia Geral continua a falar e todos à pancada uns com os outros, e continua a falar na ordem de trabalhos, vemos o presidente e os vice-presidentes sentadinhos e sossegados e uns quantos à pancada, e vemos um Conselho Superior que diz isto, que a culpa de ter havido tudo isto foi do 'condicionamento artificialmente criado pela comunicação social'", lamentou Diogo Luís.

Para o antigo futebolista, fica pois claro que "os sócios só FC Porto foram à Assembleia mas o divisionismo foi criado pela comunicação social."

"Apaziguar o divisionismo que se quer criar na família portista"

O Conselho Superior disse que avaliou e analisou "cuidadosamente os lamentáveis e condenáveis acontecimentos ocorridos na Assembleia Geral Extraordinária".

Nesse sentido, aquele organismo entendeu que era necessário deixar cair a proposta de revisão de Estatutos. "Decidiu este Conselho retirar a proposta de alteração dos Estatutos, contribuindo, desta forma, para apaziguar o divisionismo que se quer criar na família portista", finalizou o Conselho Superior do FC Porto.

Apesar de a reunião magna não se realizar, depois da suspensão, em breve, os associados do FC Porto voltarão a ser chamados para uma Assembleia Geral e várias figuras do FC Porto já pediram que o reunião tenha lugar num ambiente seguro.

O ex-treinador, que tem sido apontado como possível candidato à presidência do FC Porto, apelou aos órgãos do clube que criem condições para que os sócios do FC Porto possam dar a sua opinião.