Portugal
“Vitória contundente e uma grande exibição”, destaca Carlos Carvalhal
2020-10-22 22:30:00
Treinador do SC Braga salienta a "identidade marcante" apresentada pela equipa diante do AEK

Carlos Carvalhal, treinador do SC Braga, salientou a “vitória contundente” que premiou a “grande exibição” da equipa minhota no jogo desta noite, com o AEK, para a Liga Europa.

“Jogo muito poderoso, capacidade de pressão muito grande, reação à perda de bola, equilíbrio excelente, controlo de jogo. Tivemos oportunidades em cadência, o resultado expressa-se no final, mas a cadência de oportunidades justificava, se calhar, ter esse desnível anteriormente”, comentou o técnico, na entrevista rápida à SportTV.

Carvalhal frisou que pela frente esteve um “adversário muito forte, recheado de internacionais, que empatou com PAOK recentemente e com um registo assinalável na Europa”.

“Foi a primeira derrota [do AEK na Liga Europa] desde 2011, daí a minha satisfação, muito do mérito é da atitude e comportamento dos jogadores que interpretaram tudo muito bem”, insistiu.

O treinador do SC Braga salientou ainda que os golos apontados por Ricardo Horta e Paulinho são “importantes” para a confiança de dois jogadores que “andavam a desperdiçar oportunidades flagrantes”.

“Sem dúvida que é importante e mereciam, há muito tempo que perseguiam golos. Mereceram e ainda tiveram de esperar muito tempo, podiam ter feito antes. Não ficaria de alguma forma triste se não marcassem, porque o comportamento coletivo foi brilhante, em tudo”, acrescentou.

O SC Braga apresentou-se com uma “identidade marcante” perante “uma equipa que se fechou muito bem” e que “sofre muito poucos golos”. “Daí o reforço do que fizemos hoje, foi realmente algo de muito grande”, assinalou Carlos Carvalhal.

Já na conferência de imprensa, o técnico destacou outros méritos dos minhotos: "A grande virtude da nossa equipa, além da paciência na circulação de bola, foi a forma como anulou os canais de saída para o contra-ataque. Isso cansou o adversário. Na segunda parte, tiveram de se abrir um pouco mais. Quando o adversário mudou de sistema e passou a defender com uma linha [de quatro jogadores], tivemos uns momentos de indecisão, mas foi fácil retificar com a entrada do André Horta [para o lugar de Iuri Medeiros]".

"Fomos postos à prova num nível altíssimo. A nossa equipa joga no limite do risco, mas sempre num risco controlado. A equipa controlou sempre a perda de bola. Era uma questão de tempo até o Ricardo Horta e o Paulinho começarem a marcar. De resto, há coisas para melhorar. A equipa ainda tem margem de progressão. A equipa tem identidade. Gosta de ter bola e tem criado oportunidades. As equipas que têm bola desgastam-se menos do que as que não têm. Estamos preparados para o que aí vem. O que determinámos aqui é que o próximo jogo é sempre o mais importante. E o mais importante é o próximo, no domingo, com o Vitória de Guimarães", concluiu.