Portugal
"Vistoria serviu para Jamor ter um relvado viçoso quando lá for o Benfica"
2021-02-10 00:25:00
Francisco J. Marques critica a atitude de "impunidade" de Liga e IPDJ

A interdição do Estádio Nacional serve unicamente para garantir que o relvado estará “um brinquinho” quando o Belenenses SAD receber o Benfica, acusou hoje o diretor de comunicação do FC Porto.

“O relvado do Jamor teve jogos do Belenenses SAD, de râguebi e dos sub-23 do Estoril antes de receber o FC Porto, mas vai estar um brinquinho quando lá for o Benfica”, provocou Francisco J. Marques.

“A obrigação da Liga é tratar todos os clubes por igual. Isto é de propósito, é manter os clubes presos para os poder controlar, mas a nós ninguém nos sufoca. É uma vergonha fazer jogos de râguebi naquele relvado, para agora ir lá o clube querido. A desfaçatez continua, é uma pouca vergonha. Esta vistoria cirúrgica e oportuna serviu para termos um relvado viçoso quando lá for o Benfica e um relvado degradado quando lá foi o FC Porto, porque os senhores do IPDJ querem tornar o relvado degradado. É uma atitude nojenta e de impunidade”, insistiu o dirigente portista.

Em declarações ao Porto Canal, o diretor do FC Porto aproveitou para reiterar que o clube tem sido vítima de “uma sucessão de erros” por parte da arbitragem, em particular ao nível disciplinar.

Francisco J. Marques centrou as atenções “nos lances em que o VAR não pode intervir”, abrindo com dois lances entre Corona e Raúl Silva, na recente partida com o SC Braga.

“Em Braga, o jogo começou com entrada muito dura do Raúl Silva e aos quatro minutos o Corona viu um amarelo por ser pisado por esse mesmo Raúl Silva. Com rigor, aos quatro minutos o Raúl Silva estava expulso. Como é possível Soares Dias mostrar cartão amarelo a Corona por sofrer um pisão? É um erro grave”, sustentou.

O dirigente do FC Porto passou depois para David Carmo, que “cometeu uma série de faltas, quase todas merecedoras de cartão amarelo”, mas “só levou cartão amarelo num pisão igual ao do Raúl Silva”.

“David Carmo foi mais duro e agressivo do que Corona e quem foi expulso? O Corona. Isso teve influência na verdade desportiva. Como é possível essa dualidade de critérios de um árbitro experiente? É muito penalizador que um dos jogadores mais criativos do campeonato seja tratado desta forma sistematicamente”, insistiu Francisco J. Marques.

O diretor do FC Porto lembrou que “já foi assim com o Benfica, Belenenses SAD e agora em Braga”, sempre com Corona como vítima.

“Querem transformar o Corona num saco de pancada e quem foi expulso foi o Corona, por ter feito uma falta para amarelo, porque o outro amarelo deveria ter sido para o Raúl Silva. Há uma atitude de benevolência para com os adversários do FC Porto. O Benfica fartou-se de dar porrada e quem foi expulso foi o Taremi”, concluiu o dirigente.