Portugal
"Vai caindo a máscara ao Schmidt. Também o carnaval já passou"
2023-02-27 10:45:00
"No Sporting o Jesus era expulso. No Benfica não. Porque será?", questiona ex-futebolista portista

Roger Schmidt tem oito pontos de vantagem sobre o FC Porto mas a ronda do campeonato não deixa apenas memórias felizes para o técnico das águias que, segundo relatos da imprensa, passou o jogo de Vizela a ser insultado pelos adeptos vizelenenses e há imagens de uma garrafa de água a ser atirada contra o germânico, que devolveu o objeto e acabou expulso por Nuno Almeida.

Para Jorge Amaral, antigo futebolista do FC Porto, "caiu a máscara" a Roger Schmidt. "Quem ao princípio viu um Roger Schmidt que ia com uma maneira diferente de estar no banco, de lidar com as pessoas, uma correção extraordinária, tudo era paz do senhor, não era? Só não tinha era igreja em casa, mas de resto era uma coisa tranquila", afirmou o ex-jogador, ciente de que, aos poucos, o treinador alemão tem vindo a revelar-se.

"A pouco e pouco foi caindo a máscara ao Roger Schmidt. Não podemos estar a achar que este tipo de atitude seja de uma gravidade extrema. Mas não é santo nenhum. Não vamos fazer do Roger Schmidt um exemplo de boas maneiras que temos que adotar para todos", salientou Jorge Amaral, certo de que agora que o carnaval já lá vai, caiu a máscara ao treinador.

"É atitude incorreta mas não é santinho nenhum e a pouco e pouco vai caindo a máscara. Também o carnaval já passou. A máscara já caiu", insistiu o antigo jogador.

"Não vamos fazer do Schmidt um exemplo de boas maneiras"

Em declarações num programa da CMTV, o ex-atleta do FC Porto referiu ainda que "cada um reage à sua maneira" e "todos são diferentes" na forma como abordam as circunstâncias.

"Há uns que estavam caladinhos no banco e não diziam nada, o Benfica teve um em que nas conferências de imprensa dizia que estava tudo fechado na gaveta", referiu, aludindo a Bruno Lage.

Por outro lado, lembrou o exemplo de outros técnicos carismáticos do futebol português e até deixou no ar uma dúvida em relação ao tramento de Jorge Jesus quando estava na Luz e em Alvalade.

"Havia outro que no banco, o Paco Fortes, do Farense, corria tudo. O Jorge Jesus entrava dentro do campo. Quantas vezes é que o Jorge Jesus entrou no campo pelo Sporting e pelo Benfica?", perguntou.

"Quantas vezes entrou? Só que no Sporting era expulso. No Benfica não. Era a única diferença. Porque será? Ninguém sabe", admitiu o antigo futebolista, que é confesso adepto dos azuis e brancos.