Portugal
“Uns gostam, outros não, mas é um treinador à Porto”
2021-06-08 19:50:00
Daniel Ramos elogia Sérgio Conceição e a “brutal temporada na Champions”

O treinador do Santa Clara, Daniel Ramos, concedeu uma entrevista ao jornal O Jogo, onde viaja pelo campeonato, numa época “difícil”, onde treinadores e jogadores tiveram de se habituar à ausência dos adeptos na bancada, ainda que os açorianos tivessem duas exceções a essa regra. “Foram dois rebuçados”, afirma, manifestando o desejo de ver o público regressar ao estádio.  

Numa época notável para o Santa Clara, que se qualificou para as competições europeias, o Sporting sagrou-se campeão, o que não surpreende Daniel Ramos, num olhar à posteriori. “Surpreendeu-me o Sporting ter sido tão regular e isso foi fruto do arrojo da sua estrutura, do seu presidente, do Rúben Amorim”, elogia, considerando que o técnico teve “uma preponderância fantástica” nesta conquista leonina, pelo “espírito de equipa ímpar” que implementou.  

“Revi-me muito na crença do Sporting, que foi um pouco como a nossa, embora lutando por outros objetivos”, aponta o técnico do Santa Clara, que não ergueu nenhum título, mas rubricou uma temporada brilhante. Pepa, por sinal, fez questão de ‘corrigir’ a injustiça de grandes treinadores que assinam temporadas fantásticas não terem o mediatismo que merecem.  

Numa análise ao vice-campeão, Daniel Ramos destaca a figura do treinador. “O Sérgio continuou a fazer um grande trabalho no FC Porto. Tem a sua forma de estar, uns gostam, outros não, mas é um treinador à Porto”, diz.  

Daniel Ramos elogia a caminhada europeia portista. “Fez uma brutal temporada na Champions”, assinala.  

E num olhar ao Benfica, apesar das melhorias apresentadas na segunda volta da I Liga, ficou fora da luta pelo título, o que deixou o técnico do Santa Clara surpreendido, já que esperava os três grandes na luta, com o SC Braga a ‘correr por fora’, o que não aconteceu. 

O Santa Clara foi sexto classificado, atrás do Paços de Ferreira. Os açorianos concluíram a I Liga com 46 pontos e uma série de três vitórias, classificação que supera os objetivos, que passavam pela manutenção. A goleada diante do Farense, na última ronda, foi a cereja no topo do bolo, o que suscita grande curiosidade relativamente à próxima época dos açorianos.